O falatório de Stela do Patrocínio e o discurso da crítica literária: variações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Ariadne Catarine dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-19022020-174122/
Resumo: Este trabalho se situa entre os campos da crítica literária, da estética e da ética e foi impulsionado pelo seguinte questionamento: quais são os dilemas que os textos atribuídos a Stela do Patrocínio, no livro Reino dos bichos e dos animais é o meu nome (2001), provocam à crítica literária? Diante dessa pergunta, ele variou tanto no sentido de ampliar o seu corpus e se tornar diverso em sua discussão, como no de cometer alguns desvios no formato padrão pressuposto aos trabalhos acadêmicos. Para lidar com os textos atribuídos a Stela, mulher \"nega preta e crioula\", que ficou 30 anos internada na Colônia Juliano Moreira, tornou-se fundamental discutir algumas questões de herança do discurso da crítica literária, suas premissas, seu jogo, suas regras de atuação e o papel do pesquisador frente aos dizeres dos sujeitos subalternizados, assim como se tornou necessário, ainda que de modo inicial, testar outros modos de olhar, escutar, sentir e experimentar esse falatório, que se constrói como um anedotário, que fala sobre os desafetos contra o corpo negro, que busca um \"corpo sem órgãos\".