Modelo de captura de dados por internet das coisas e disponibilização dos mesmos para uso clínico e de pesquisa seguindo as leis de proteção de dados

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Bin, Kaio Jia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5169/tde-06022024-135139/
Resumo: INTRODUÇÃO: A transformação digital na sociedade foi impulsionada pela pandemia Covid. Atualmente, temos acesso à dispositivos vestíveis como relógio inteligente que já podem mensurar sinais vitais de forma contínua e naturalística. Entretanto, a segurança e privacidade dos dados pessoais são desafios no processo de disponibilização destes dados pelos profissionais de saúde em acompanhamento clínico para a tomada de decisões. OBJETIVO: Construir um modelo de captação de dados de equipamentos vestíveis e disponibilizá-los de forma segura e ágil para uso clínico e de pesquisa seguindo as leis vigentes. MÉTODOS: Um modelo funcional com três soluções digitais foi construído seguindo a Lei Geral de Proteção de Dados (2018), onde dados captados pelos relógios inteligentes podem ser trafegados pela internet de forma anônima, e serem identificados posteriormente dentro do serviço hospitalar. Foram selecionados 80 voluntários para um ensaio clínico de 24 semanas de acompanhamento, divididos em dois grupos, sendo: um com diagnóstico prévio de Covid-19, e um grupo controle sem diagnóstico prévio de Covid-19, para mensurar a taxa de sincronização da plataforma com os dispositivos, assim como a acurácia e precisão do relógio inteligente em condições extra hospitalares para simular um monitoramento remoto à distância em domicílio. RESULTADOS: Em 35 semanas de estudo clínico, foram coletados mais de 11,2 milhões de registros, sem paralisações do sistema. 66% dos batimentos contínuos por minuto foram sincronizados em 24 horas (79% em 2 dias; 91% em uma semana). Na análise de limite de concordância, a diferença média de saturação de oxigênio, PA diastólica, PA sistólica e frequência cardíaca foram respectivamente: -1,280 (±5,679)%, -1,399 (±19,112)mmHg, -1,536 (±24,244)mmHg, 0,566 (±3,114)bpm. Não houve diferença nos dois grupos de estudo quanto à análise dos dados, seja usando o relógio inteligente ou os dispositivos padrão-ouro, mas vale ressaltar que todos os voluntários do grupo Covid-19 já estavam curados da infecção e altamente funcionais em sua vida diária de trabalho. CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos, considerando as condições de validação de acurácia e precisão, simulando um ambiente extra hospitalar de uso, concluímos que o modelo funcional construído neste trabalho é capaz de captar dados do relógio inteligente e fornecer de forma anônima até o serviço de saúde, onde poderão ser tratados conforme a legislação e serem aproveitados para apoiar a decisão clínica durante o monitoramento remoto