Distribuição vertical e fracionamento químico de fósforo em sedimentos do Rio Tiete (região de Pirapora do Bom Jesus, São Paulo)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Silva, Ivone Silveira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44134/tde-15102015-092145/
Resumo: Esta dissertação de mestrado versa sobre o estudo da distribuição vertical de fósforo em sedimentos fluviais, tomando-se como estação piloto, três pontos (P1, P2 e P3) ao longo do rio Tietê, na região de Pirapora do Bom Jesus, São Paulo, Brasil. A distribuição vertical de P nos sedimentos foi estabelecida com base na análise química das frações deste elemento que foram, correlacionadas à granulometria, mineralogia e teores de ferro, alumínio e cálcio. Os teores de P total variam para o ponto P1 de 1946 a 5002 mg/kg; em P2, de 1013 a 3314 mg/kg e em P3, de 184 a 5486 mg/kg (n= 11 para cada ponto). A fração de P de maior significado no ambiente é o P associado ao ferro e ao alumínio (P-Fe/Al) que representa aproximadamente 70% do P (frações orgânica + inorgânica), enquanto que a fração associada ao cálcio (P-Ca) compreende cerca de 13% e o P orgânico (Porg) cerca de 15%. Os três pontos de amostragem apresentam um comportamento bastante semelhante na distribuição das frações de P, diminuindo os teores com o aumento da profundidade. Os minerais encontrados nos sedimentos são comuns em rochas e solos: felsdspato, quartzo e mica, destacando-se a presença pronunciada de caulinita, além de vermiculita. Também foram diagnosticados calcita, gipsita e barita, sendo que estes dois últimos evidenciam a influência de compostos de enxofre no ambiente estudado. A análise granulométrica revelou uma boa correlação entre a fração silte dos sedimentos e as frações de P. Estas não foram associadas à fração argila, porém correlacionaram-se negativamente à fração areia. Os metais determinados (Fe, Al e Ca), assim como os teores de matéria orgânica (MO) são significativamente correlacionados às frações de P dos sedimentos e apresentam um comportamento semelhante para os três pontos estudados, diminuindo suas concentrações como o aumento da profundidade. As mais altas razões (\'P-PO IND. 4\' \'POT. 3-\' : metal) entre o P e os metais analisados foram diagnosticados para Al, seguidas pelo Fe e Ca. As concentrações de Fe nos sedimentos são muito mais elevadas em relação ao Al e ao Ca. Estas observações indicam que as águas do rio Tietê na região estudada estão extremamente saturadas não só por P, mas também metais (Fe, Al e Ca) além de compostos orgânicos, visto que os tratamentos químicos utilizados para as amostras de sedimentos liberaram os metais fracamente ligados aos sedimentos (extração com HCI 0,5N), o teor de MO foi obtido com ataque das amostras com água oxigenada e a fração de P de maior significado em termos de disponibilidade para a coluna d\'água é o P-Fe/Al que representa a maior parte do fósforo total nos analisados sedimentos.