Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
D'Angelo, Márcia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-23012008-113731/
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Resumo: |
A presente pesquisa, de tipo qualitativo e exploratório, é um estudo de caso que enfoca a integração do saber e do fazer na formação do técnico de nível médio na Escola Técnica Federal de São Paulo nas décadas de 1970 e 1980. Esse tema tem como referencial a integração do saber pensar e do saber fazer e, portanto, a formação integral do ser humano - sua omnilateralidade - tendo o trabalho como princípio educativo, inclusive o trabalho escolar. Dessa forma, o estudo teve que se estender até a década atual, ano de 2007, uma vez que o ensino integrado na referida instituição perdurou de 1965 até 1999, quando a Escola Técnica Federal de São Paulo transformou-se em Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo - CEFET-SP. Ocorre que o Decreto n.º 2.208/97 do presidente Fernando Henrique Cardoso proibiu o curso técnico integrado ao médio e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva permitiu a volta dessa integração com o Decreto n.º 5.154/04. Com isso, tendo-se como parâmetro a importância do curso médio integrado, ou seja, cursos técnicos compostos por disciplinas propedêuticas aliadas às disciplinas técnicas, a pesquisa foi estendida até os dias atuais. Procurou-se entender a conjuntura em que foi criada a Escola Técnica Federal de São Paulo, isto é, o Estado de Segurança Nacional, o Projeto Brasil-Potência e o \"milagre econômico brasileiro\", numa relação quase direta com a demanda de técnicos para as multinacionais, cuja tecnologia moderna e padrão produtivo taylorista/fordista do capital demandavam técnicos para comporem, juntamente com os engenheiros, a \"gerência científica\". Foi destacada a Lei n.º 5.692/71 e sua profissionalização compulsória, valorizando os cursos técnicos de forma exagerada. Foram analisadas as causas da excelência da Escola Técnica Federal de São Paulo, o papel da classe média ocupando espaços públicos até profissionalizantes para sua ascensão social, a importância da função do técnico nas décadas de 1970/1980 e atualmente, assim como a função do técnico e do tecnólogo no padrão produtivo atual toyotista/taylorizado do capital. A investigação embasou-se, além de muitos documentos secundários, em várias entrevistas com engenheiros e técnicos de empresas particulares, com professores e funcionários administrativos do CEFET-SP, com alunos e exalunos do CEFET-SP e da Escola Técnica Federal de São Paulo, em depoimentos de professores e ex-professores, familiares de ex-professores, além de documentos primários da Escola Técnica Federal de São Paulo, como Livros de Registro de Matrículas, Registro de Diplomas e Relatórios de Gestão do Diretor de 2005 e 2006. A pesquisa resultou em opiniões muito favoráveis ao retorno do curso médio integrado, pela qualidade de ensino que oferece aos alunos, apontando, ainda, que a função do técnico de nível médio é ainda muito importante para as empresas e, se seu cargo como intermediário entre projeto e execução é desvalorizado, isso ocorre devido ao salário baixo, concorrência com estagiários, engenheiros e cursos concomitantes ou seqüenciais de qualidade inferior com a vigência do Decreto n.º 2.208/97. Vale registrar que o CEFET-SP é um dos últimos CEFETs do país que ainda não integrou o curso médio ao técnico. |