Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1995 |
Autor(a) principal: |
Méndez Baldeón, José Rafael |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20191220-125557/
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Resumo: |
Este experimento foi conduzido em casa-de-vegetação sob delineamento inteiramente casualizado com quatro repetições e tratamentos em arranjo fatorial 3 x 4 x 2, com a finalidade de avaliar se o efeito favorável do termofosfato magnesiano sobre a absorção de fósforo e produção de matéria seca pelas plantas deve-se (a) à menor fixação do fósforo causada pela elevação do pH, já que o termofosfato é um fertilizante alcalino; ou (b) à competição entre o silicato contido no termofosfato e o fosfato, pelos mesmos sítios de adsorção no solo; ou (c) a ambos esses efeitos. Os fatores foram constituídos de três fontes de fósforo (termofosfato magnesiano; superfosfato triplo; e superfosfato triplo mais corretivo de acidez), quatro doses de fósforo (O, 50, 100 e 200 mg/kg de P) e dois solos ácidos, Terra Roxa Estruturada, TE e Latossolo Roxo, LR, situados nos municípios de Piracicaba (SP) e Jardinópolis (SP). O termofosfato magnesiano, denominado comercialmente MG-YOORIN , apresentou 17,30% de P2O2 solúveis em ácido cítrico a 2 % e 25 % de SiO2, dos quais mais de 90% solúveis em ácido cítrico a 2 % . O superfosfato triplo continha 44,98% de P2O2 solúveis em solução neutra de citrato de amônio + água. O corretivo de acidez constituiu-se de uma mistura de carbonato de cálcio e carbonato de magnésio na proporção de 4: 1 em equivalentes; as quantidades do corretivo foram calculadas através de curvas de neutralização para equivalerem ao poder neutralizante das diferentes doses de termofosfato magnesiano. Todos esses materiais foram aplicados na forma de pó. Amostras de 5,5 kg de terra da camada 0-20 cm de cada solo foram intimamente misturadas com as fontes de fósforo, umedecidas a 70% da capacidade de retenção de água e incubadas em vasos por 20 dias. Após esse período, subamostras de 0,5 kg foram retiradas para determinações do pH em CaCl2 0,01M, cátions trocáveis, acidez potencial, P-resina, P-Bray I e sílica solúvel. Uma adubação básica foi realizada com N, K, B, Cu, Mo, Mn, Zn e Fe. Nos tratamentos sem termofosfato e sem corretivo, cálcio e magnésio foram aplicados na forma de solução dos respectivos cloretos e nas mesmas quantidades aplicadas como corretivo. Após retornar as terras nos vasos e umedecê-las a 70 % da capacidade máxima de retenção de água, oito plantas de arroz ( Oriza sativa L.), cultivar IAC 165, foram cultivadas em cada vaso por 75 dias. Em seguida, a parte aérea das plantas foi colhida, secada a 65oC, pesada, moída e submetida à determinação dos teores de silício e fósforo. O método de extração de fósforo pela resina mostrou-se superior ao do Bray-1 em avaliar o efeito das fontes sobre o teor de fósforo no solo, o qual se refletiu inclusive na produção de matéria seca e na quantidade de fósforo acumulada na parte aérea das plantas. O termofosfato magnesiano elevou o teor de P-resina em maior grau que o superfosfato triplo, causando ainda aumentos do pH, da saturação por bases e do teor de sílica solúvel do solo. A aplicação de fósforo, devido ao efeito de diluição, reduziu acentuadamente o teor de silício da planta, mesmo quando a fonte era o termofosfato magnesiano; a aplicação de silício, contudo, não reduziu os teores de fósforo; esses fatos indicam que o P provavelmente tenha inibido a absorção de Si, mas que o Si não tenha inibido a de P. Todas as fontes de fósforo aumentaram a quantidade de silício acumulada na planta, porém, o termofosfato magnesiano destacou-se das demais. O termofosfato magnesiano e o superfosfato triplo associado ao corretivo do solo aumentaram igualmente a produção de matéria seca (nas doses 100 e 200 mg/kg de P para o solo TE e 50, 100 e 200 mg/kg de P para o LR) e a quantidade de fósforo acumulada na planta (nas doses 100 e 200 mg/kg de P para o TE e 50 e 100 mg/kg de P para o LR), sendo esses aumentos superiores aos obtidos com o superfosfato triplo; assim, o efeito favorável do termofosfato magnesiano sobre o aproveitamento do fósforo e o desenvolvimento das plantas deve-se mais provavelmente à sua capacidade de elevar o pH do meio do que à influência benéfica da competição entre o silicato que contém e o fosfato, pelos mesmos sítios de adsorção no solo. O termofosfato magnesiano foi superior ao superfosfato triplo, com ou sem corretivo, quanto à produção de matéria seca e a quantidade de fósforo acumulada na planta quando aplicado na dose de 50 mg/kg de P na Terra Roxa Estruturada; esse comportamento deve-se, provavelmente, ao efeito combinado da sua ação alcalinizante com o da competição entre o silicato que contém e o fosfato. |