Origem e evolução diagenética de argilas magnesianas e fases associadas nos depósitos de pré-sal do campo de Tupi, Bacia de Santos, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rocha, Natasha Pereira
Orientador(a): De Ros, Luiz Fernando
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/281256
Resumo: Os reservatórios do Pré-sal da Bacia de Santos, situada na região offshore do sudeste do Brasil, contém acumulações de petróleo gigantes. Os depósitos aptianos da Formação Barra Velha são essencialmente compostos por carbonatos e silicatos magnesianos, acumulados em um contexto lacustre alcalino-salino. Um estudo de 4 poços no Campo de Tupi foi realizado para determinar a formação, distribuição e preservação dos silicatos magnesianos e fases associadas, para subsidiar a caracterização e modelagem dos reservatórios. Foram selecionados 2 poços situados em baixos deposicionais (L1 e L2) e 2 poços em altos deposicionais (H1 e H2), para avaliar a ocorrência dos silicatos magnesianos nos principais contextos deposicionais. Spherulstones e shrubstones diagenéticos com matriz de argilominerais magnesianos predominam nos baixos deposicionais, enquanto nos altos deposicionais os principais depósitos correspondem a spherulstones e shrubstones dolomitizados, e arenitos com oóides de silicatos magnesianos. Intensa eodiagênese promoveu substituição da matriz, principalmente por esferulitos e shrubs calcíticos, mas também por dolomita e sílica. Os litotipos dos baixos deposicionais que apresentam matriz preservada ou intensamente dolomitizada/silicificada comumente apresentam baixa qualidade de reservatório. Os litotipos dos altos que possuem uma intensa dissolução dos silicatos magnesianos e baixa a moderada dolomitização/silicificação possuem boa qualidade. Subordinados processos mesodiagenéticos e/ou hidrotermais são registrados por dolomita em sela, quartzo, calcita e barita macrocristalinos, e betume. Nos baixos deposicionais, os Mg-silicatos correspondem a estevensita, interestratificados kerolita-estevensita e kerolita. Nos altos deposicionais, a dissolução dos silicatos magnesianos resultou em uma fração argilosa constituída por micas, pontualmente por interestratificados ilita-esmectita e caulinita. O maior conteúdo de siliciclásticos no Intervalo Intermediário podem estar relacionados a condições de menor salinidade e entrada de plumas hipopicnais diluídas. O predomínio de kerolita no Intervalo Superior dos poços L1 e L2 pode refletir condições de menor salinidade e/ou mudanças na estratificação do lago, pH ou razão de Mg/Si.