Práticas e saberes socioculturais sobre saúde, doença e morte de crianças de 0 a 5 anos de idade, na comunidade de Mopeia (Moçambique)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Chidassicua, José Braz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-15062011-114237/
Resumo: Estudo qualitativo que tem como objetivo compreender os significados socioculturais relacionados à saúde, doença e morte de crianças de 0 a 5 anos na comunidade de Mopeia tendo por objeto as campanhas sanitárias governamentais em Moçambique, particularmente, vacinação de crianças, utilização de redes mosquiteiras e amamentação exclusiva até os 6 meses de idade. Através do método etnográfico e particularmente da observação participante, do uso de diário de campo e entrevistas semidiretivas, no sentido de captar as vinculações das práticas e saberes socioculturais com os elementos do contexto de vida da comunidade, realizou-se o trabalho de campo entre os meses de Julho e Setembro de 2010. Os resultados apontam que certas praticas socioculturais relacionadas à falta de higiene e saneamento do meio, à não-amamentação exclusiva até os 6 meses, bem como ao uso incorreto das redes mosquiteiras, associadas às limitações na efetividade das intervenções sanitárias, podem estar contribuindo para a mortalidade de crianças menores de 5 anos por doenças preveníveis. Observou-se também que há falta de consonância entre os programas de intervenção de saúde pública, particularmente as medidas mecânicas para o controle de certas doenças preveníveis, como a malária e a diarréia, através de campanhas sanitárias e a realidade de vida das populações. Neste contexto, há necessidade de se articular as campanhas sanitárias com as práticas socioculturais da região, concomitantemente com a disponibilidade e expansão de infra-estruturas básicas, para que haja mais eficácia na intervenção das políticas de saúde pública na luta contra a redução da mortalidade de menores de 5 anos por doenças preveníveis