Modelos de regressão e curvas de produção vegetal: aplicações nas áreas de nutrição mineral de plantas e adubação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Iuri Emmanuel de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11134/tde-17092015-103840/
Resumo: A avaliação do estado nutricional das culturas requer o uso de padrões para comparação, tais como os níveis críticos e as faixas de suficiência. Esses padrões de interesse agrícola geralmente são estimados a partir da curva de calibração da produção vegetal, que relaciona os rendimentos de uma cultura com a dose do adubo aplicada no solo ou com o teor de algum elemento nos tecidos. A curva de produção vegetal é fundamental para o desenvolvimento de pesquisas nas áreas de nutrição mineral de plantas e adubação, uma vez que o conhecimento a seu respeito possibilita o uso econômico de adubos e a elaboração de estratégias corretivas para o solo. No entanto, a curva de produção divide-se em diferentes regimes nutricionais, que lhe conferem uma forma peculiar e dificultam sua descrição matemática. O objetivo desse trabalho é a construção de modelos de regressão flexíveis, capazes de descrever adequadamente a curva de produção vegetal. Em uma primeira abordagem, modelos lineares segmentados com transições de fase suaves são usados para descrever a produção do trigo de inverno em função da adubação com nitrogênio. Por meio dos ajustes destes modelos, também são estimados os níveis críticos e as faixas de suficiência. Posteriormente, realiza-se a modelagem matemática da resposta vegetativa à adubação, desconsiderando doses tóxicas. Observa-se que cada tipo possível de resposta vegetativa é ligado de forma unívoca a uma função de produção agrícola. A técnica proposta, além de permitir a construção de novas funções de produção, fornece interpretações fisiológicas claras para parâmetros de alguns modelos de uso comum na agricultura. Com base na segunda abordagem, um novo enunciado para a lei de Mitscherlich é apresentado: quanto maior é o conteúdo total do nutriente limitante na planta, menor é o aproveitamento feito (a fim de lhe prover crescimento) de um incremento em sua disponibilidade - como consequência, os retornos da adubação são decrescentes.