Memória e história em Espinosa, uma física dos corpos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Almeida, Cátia Cristina Benevenuto de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-27112018-124020/
Resumo: Esta pesquisa destina-se à interpretação de memória e história à luz do movimento dos corpos; desse movimento que se estende à intercorporeidade constituem-se os registros ou o que chamamos de marcas corporais, que são as impressões que o corpo retém através de suas relações com os outros corpos. Nossa perspectiva de leitura pretende afastar a base temporal da memória e história para fundamentá-la sob o universo corpóreo. Esse estudo nos permitirá a retomada de dois termos que, a nosso ver, são primordiais para os desdobramentos e afirmação da tese: os vestigia corporis que são justamente as marcas corporais de que estamos falando. Em verdade, os vestigia são, mais uma vez, uma preciosa fonte de investigação e reflexão. Em nossa pesquisa de mestrado eles serviram para pensarmos a superstição; um corpo marcado pelo preconceito e devaneios da imaginação; um corpo marcado pela servidão. Propomos agora que essas mesmas impressões corporais sejam voltadas para pensarmos a Memória, seus usos, coletivo e político, e a História. Essas impressões, portanto, serão nosso principal material. O nosso percurso inicial será apresentar o corpo e os meandros de suas relações, para isso, o recurso à física espinosana, ela nos assegurará que a teoria das marcas fundamente a memória, pois esses registros fixados aos corpos estão submetidos às suas próprias leis. Em função destas marcas é que podemos rememorar, acessar o passado. O recurso às marcas também permitirá que retiremos do tempo o estatuto de guardião absoluto do passado e, portanto, da história. Com isso, poderemos afirmar que a Memória espinosana é também a História, ou seja, são uma e mesma coisa, sobretudo porque se constituem por uma FÍSICA dos corpos.