Escrita sob ditado de palavras incomuns: paraGrafias OtoLalÊmicas e OptoLalÊmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Luz, Tiago Tiberio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-12122019-193119/
Resumo: Resumo A dissertação analisa as ParaGrafias cometidas sob ditado auditivo-visual de 560 palavras incomuns por parte de 154 estudantes (61 do Ensino Superior e 93 do Ensino Fundamental, do 5º ao 9º ano). Precisão de escrita foi analisada como função do grau médio de cifrabilidade, que é a média aritmética dos índices ponderados de cifrabilidade das relações entre Unidades de Fala (UF) e Unidades de Escrita (UE) contidas na palavra falada a ser escrita sob ditado auditivo-visual. O estudo ofereceu 521.640 oportunidades de cifragem de UF em UE, 285.943 (54,82%) de UF vocálicos, e 235.697 (45,18%) de UF consonantais. Destas 521.640 oportunidades, 421.126 (80,73%) foram apropriadas (231.546 vocálicas [80,98%] e 189.580 [80,43%] consonantais), e 100.514 [19,27%] consistiram em ParaGrafias (54.397 [19,02%] vocálicas e 46.117 [19,57%] consonantais). Destas 100.514 ParaGrafias, houve 96.649 [96%] substituições (51.528 [53%] vocálicas e 45.121 [47%] consonantais), e 3.865 [4%] omissões (2.577 vocálicas [67%] e 1.288 [33%] consonantais). Das 96.649 substituições, 79.518 [82%] foram canônicas (cf. modelo de Capovilla & Casado, 2014), e 17.131 [18%] foram não canônicas. Das 51.528 substituições vocálicas, 40.843 [79%] foram canônicas e 10.685 [21%] foram não canônicas. Das 45.121 substituições consonantais, 38.675 [86%] foram canônicas e 6.446 [14%] foram não canônicas. Este estudo descreve as ParaGrafias vocálicas. Ele cobriu 58 relações FonoGrafÊmicas vocálicas além de 14 conjuntos de OtoLalEmas vocálicos HomoScópicos (e.g., {\\e\\, \\ej\\, \\ej\\};{\\a\\, \\a\\, \\\\}; {\\\\, \\j\\}; {\\i\\, \\\\, \\ij\\}; {\\o\\, \\oj\\, \\oj\\}; {\\wa\\, \\w\\}; {\\aj\\, \\j\\}; {\\iw\\, \\w\\}; {\\wi\\, \\w\\}; {\\ja\\, \\j\\}; {\\wej\\, \\we\\}; {\\w\\, \\w\\}; {\\wo\\, \\w\\}; {\\u\\, \\\\, \\uw\\, \\w\\}, cf. Capovilla, 2015, 2018). Corroborando o modelo de Capovilla e Casado (2014), a precisão da cifragem foi função positiva da prevalência com que cada GrafEma cifra cada FonEma no Português. Ou seja, a cifragem correta foi função do IPC da relação UFA-UE. A grande incidência de substituições cometidas sob controle visual de OtoLalEmas HomoScópicos sugere a importância do processamento visual em reduzir a variabilidade das ParaGrafias cometidas sob ditado auditivo-visual ao vivo. Tais dados com ParaGrafias vocálicas corroboram os de Graton-Santos (2017) com ParaGrafias consonantais. Os dois estudos revelaram que as ParaGrafias (vocálicas e consonantais) são restritas ao local de articulação, de modo que FonEmas visualmente semelhantes (OptoLalEmas HomoScópicos) envolvendo o mesmo local de articulação foram confundidos entre si