A relação entre a contabilidade de hedge e o risco idiossincrático no mercado de capitais brasileiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Feitosa, Dhiego Augusto Solino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-20112020-164203/
Resumo: O objetivo deste trabalho é examinar o efeito da adoção e divulgação da contabilidade de hedge no risco idiossincrático das companhias de capital aberto listadas na Bovespa (B3), entre 2009 e 2018, tendo como fundamentação teórica a Teoria de Agência, Assimetria de Informação e Teoria de Sinalização. Foi empregado como metodologia uma regressão linear múltipla pelo método dos mínimos quadrados ordinários com dados em painel. Para mensuração da variável dependente denominada risco idiossincrático foi utilizado o modelo de estimação de cinco fatores de Fama e French (2015). A variável independente de interesse foi a variável dicotômica adoção da contabilidade de hedge, assumindo valor 0 ou 1 no modelo. Adicionalmente, foram utilizadas variáveis de controle sugeridas pela literatura, como concentração acionária, endividamento, liquidez corrente e distribuição de dividendos por ação. Ressalta-se que todas variáveis de controle se mostraram significantes. Os dados foram obtidos a partir da plataforma Economática®, bem como, quando pertinente, das notas explicativas das companhias participantes da amostra, disponíveis no site da B3. Como resultado, verificou-se uma relação significativa e negativa entre adoção da contabilidade de hedge e o risco idiossincrático, conforme o esperado. Pôde-se concluir, portanto, que a contabilidade de hedge pode impactar o risco idiossincrático das companhias de capital aberto brasileiras. A pesquisa contribui à literatura internacional e nacional, ao prover evidências empíricas sobre o impacto do uso da contabilidade de hedge e da transparência da gestão de risco no risco idiossincrático das companhias, fornecendo maior entendimento sobre a eficiência da norma relativa à contabilidade de hedge no Brasil. A pesquisa fornece, assim, evidências aos formuladores de normas contábeis e aos investidores para que estes possam avaliar e aprimorar as normas contábeis e os processos de tomada de decisão em investimento, respectivamente.