Identidade profissional da enfermeira gestora do Programa de Integração Docente-Assistencial (1978 2015)

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: Silva, Thais Araujo da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Enfermagem; Enfermeiro e Enfermeira; História da Enfermagem; History of Nursing; Identidade profissional; Nurse's Role; Nurses; Nursing; Papel do Profissional de Enfermagem; Professional identity; Serviços de Integração Docente-Assistencial; Teaching Care Integration Services
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7140/tde-04032020-153420/

Introdução: As profissões são estudadas e analisadas na área de Sociologia das Profissões desde os anos trinta do século XX. No contexto de inúmeras mudanças no cenário do trabalho e das profissões, avistam-se transfigurações ao longo da história no que concerne ao campo do saber da Enfermagem. Estudos têm apontado para a problemática da Identidade Profissional em todos os campos das práticas e dos saberes, inclusive no ramo da Enfermagem. Dessa forma, dedicar um novo olhar para a historiografia da referida área, na perspectiva das gerentes do Departamento de Enfermagem do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (DE/HU-USP) e da Divisão de Enfermagem do referido hospital (DIE/HU-USP), no contexto do Programa de Integração Docente-Assistencial (IDA) entre o Hospital Universitário da USP (HU-USP) e a Escola de Enfermagem da USP (EEUSP), permite articular o passado com o presente e tecer o futuro na tentativa de compreender aspectos relacionados à identidade profissional da enfermeira gestora nesse campo. Objetivos: Descrever como ocorreu a inserção profissional das enfermeiras que atuaram como gestoras do Departamento e da Divisão de Enfermagem do HU-USP no campo da integração da Escola de Enfermagem da USP com o HU-USP, no período de 1978 a 2015; Conhecer e compreender as percepções e significados atribuídos à identidade do ser enfermeira pelo grupo social que atuou como gestor do Departamento e da Divisão de Enfermagem do HU-USP, no período de 1978 a 2015; Analisar as influências e interesses políticos, sociais, econômicos e culturais que perpassaram a atuação das enfermeiras gestoras do Departamento e da Divisão de Enfermagem do HU-USP, ao fazerem a integração entre a EEUSP e o HU-USP, referente ao campo de práticas gerenciais, de ensino e de assistência à coletividade. Método: Trata-se de um estudo de natureza histórico-social, qualitativo, exploratório, pautado no método da História Oral Temática. Foram utilizadas fontes documentais para a triangulação de dados empíricos, juntamente com entrevistas semiestruturadas realizadas com onze participantes. As entrevistas foram trabalhadas com fulcro na Análise do Discurso e analisadas à luz do referencial teórico de Claude Dubar. Resultados: Emergiram 13 temas, a saber: Percepção do cuidado; Enfermagem como segunda opção; Gestão; Assistência; Postura Rígida; Articulação; Cuidado; Integração Docente-Assistencial e ensino; Poder político, centralizador e autoritário; Modelo-referência; Papel do docente/gestor; Reconhecimento; Respeito. Estes temas possibilitaram conhecer e compreender as matizes identitárias das participantes da presente pesquisa no âmbito comunitário (cultural), societário (estatutário), reflexivo ou narrativo, portanto, foi possível observar o movimento entre as transações subjetivas (biográficas) e as transações objetivas (relacionais), que permitiram a manifestação de discursos pautados nas vivências, nas aspirações, nos personagens, nas ideologias, nas idealizações e na cultura do grupo pesquisado. Conclusão: Conclui-se que o processo de construção da identidade profissional vai ao encontro da ideia que o sujeito tem sobre si e sobre o outro. É um constante ciclo, muitas vezes, efêmero, no qual ocorrem as metamorfoses identitárias.