Formação superior de professores indígenas de Matemática em Mato Grosso do Sul: acesso, permanência e desistência

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Leme, Helena Alessandra Scavazza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20042010-150019/
Resumo: O propósito deste trabalho foi o de investigar a formação superior de professores indígenas em matemática no estado de Mato Grosso do Sul. Especificamente três aspectos dentro dessa formação: por que os estudantes indígenas escolhem o curso de licenciatura em matemática, quais são suas maiores dificuldades na 1ª série do curso e por que acabam desistindo dele. Utilizei a abordagem qualitativa de pesquisa, com a aplicação de questionários aos graduandos indígenas de diferentes instituições de ensino superior do estado; formei um grupo de estudos com graduandos da 1ª série do Curso de Licenciatura em Matemática da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul UEMS/Dourados e realizei entrevistas com alguns alunos desistentes desse curso. Essa Instituição oferece em seus vestibulares a possibilidade de acesso aos indígenas pelo regime de reserva de vagas cotas - nos vestibulares, mas não tem conseguido assegurar a conclusão desses cotistas no curso de matemática. Constatei, pelos questionários, que os estudantes indígenas escolhem a licenciatura em matemática porque é um curso que oferece possibilidade de trabalho nas escolas das aldeias e pela preocupação em, depois de formado, poder ensinar uma matemática mais contextualizada, dentre outros aspectos. No grupo de estudos foi possível verificar que os alunos têm muita dificuldade com o conteúdo específico, fato também aparente nas entrevistas com os desistentes. Alguns deles relataram que deixaram o curso por causa dessa dificuldade, aliada ao fato de o curso de matemática não ser a graduação que gostariam de fazer como primeira opção, mas por ser a mais oportuna, tendo em vista diversos fatores. Para a realização desta pesquisa procurei suporte teórico no Programa Etnomatemática que, no contexto da formação de professores, se coloca como possibilidade de interação, de respeito ao outro - etnicamente diferenciado - e como suporte intelectual para ações que possibilitem o diálogo intercultural.