Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Silva, Denise Mendes da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-11082016-104205/
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo diagnosticar e analisar características corporativas associadas à realização de múltiplas escolhas contábeis em empresas de grande porte no Brasil, um ambiente peculiar de transição contábil para o IFRS em mais de uma etapa. As características corporativas refletem incentivos econômicos, contratuais e institucionais para a realização de escolhas contábeis. Foi feito um diagnóstico das escolhas contábeis de mensuração, reconhecimento, classificação e apresentação de 75 empresas de grande porte no Brasil (companhias abertas e fechadas) durante o período de transição para o IFRS (2008-2009) e nos quatro anos subsequentes à convergência completa (2010-2013). Foram observadas as características corporativas que podem estar associadas a essas escolhas contábeis. As técnicas estatísticas análise de correspondência simples e múltipla foram usadas para detectar associações entre escolhas contábeis e características corporativas. O estudo partiu de certas hipóteses derivadas de estudos anteriores sobre escolhas contábeis e fundamentadas em três teorias principais: Teoria Contratual da Firma, Teoria Positiva da Contabilidade e Teoria Institucional. A hipótese central (tese) propõe que em ambiente de transição contábil para o IFRS em mais de uma etapa as características institucionais se associam em maior grau às escolhas contábeis de empresas de grande porte. A partir das análises desenvolvidas foi possível concluir que as características econômicas, contratuais e institucionais se associam a uma ou mais escolhas contábeis realizadas nas empresas de grande porte estudadas, durante e após a adoção do IFRS, ou seja, explicam parcialmente as escolhas contábeis em tais empresas. Adicionalmente, verificou-se que as características institucionais se associam a um maior número de escolhas contábeis realizadas nas empresas pesquisadas, isto é, têm um potencial maior para explicar a realização de escolhas contábeis, se comparadas às demais características corporativas analisadas, o que apoia a tese apresentada. Isso significa que nem sempre as escolhas contábeis efetuadas nas empresas seguiram a racionalidade econômica, e sim, refletiram mais o ambiente institucional do que as relações contratuais e econômicas estabelecidas. Possíveis explicações para esse resultado podem estar relacionadas com o nível de desenvolvimento do mercado brasileiro e com a curva de aprendizado institucional contábil. Ainda que o IFRS seja voltado especialmente para o mercado de capitais, nas empresas de grande porte analisadas as escolhas contábeis explícitas no IFRS podem ser explicadas por características econômicas e contratuais, porém de forma parcial e em menor grau, se comparadas às características institucionais, conforme previsto na hipótese central do presente estudo. Dadas as hipóteses levantadas, as escolhas contábeis podem ter sido realizadas, nas empresas pesquisadas, para atender spectos de eficiência ou mesmo por oportunismo dos gestores, porém, há evidências de que foram mais incentivadas por pressões institucionais e pela busca da legitimidade das práticas contábeis. Em linhas gerais, sugere-se que variáveis institucionais sejam incluídas em estudos futuros sobre escolhas contábeis, no Brasil e em outros países, especialmente aqueles que experimentaram um processo de mudança institucional, como o advindo da adoção do IFRS. |