A importância da temperatura de superfície do Oceano Atlântico Sul na avaliação do impacto nas mudanças de regime do Sistema de Monção da América do Sul (SMAS)

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Damasceno, Ivana Pereira
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: América do Sul; Monção; Monsoon; South America; SST; TSM
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21135/tde-29072024-145023/

Monções são fenômenos climáticos associados às mudanças sazonais na direção dos ventos predominantes em uma região, resultando em estações chuvosas e secas nos trópicos. Na América do Sul, a precipitação segue um ciclo anual bem definido, com invernos pouco chuvosos e verões bastante chuvosos, caracterizando o Sistema de Monção da América do Sul (SMAS). Compreender as monções, que influenciam as distribuições de chuvas, é crucial devido ao seu impacto na ocorrência de eventos extremos de seca e inundação, bem como na disponibilidade de recursos hídricos. O objetivo principal deste projeto foi avaliar a capacidade da componente atmosférica (LMDZ - Laboratório de Métodos Dinâmicos) do modelo do sistema terrestre do Instituto Pierre Simon Laplace (IPSL) em reproduzir a variabilidade do SMAS, considerando a possível influência da temperatura da superfície do mar (TSM). Para tal, foi realizado o cálculo da climatologia total de precipitação e umidade específica a partir de dados simulados e observacionais, os quais conseguiram capturaram os padrões climáticos da região de forma satisfatória. Além disso, ao investigar as incertezas associadas a cada uma das 13 simulações, foi possível notar uma distribuição irregular por toda a região analisada em todas as variáveis consideradas (precipitação, umidade específica e tensão zonal e meridional do vento). As tendências lineares calculadas exibiram um comportamento semelhante ao de estudos anteriores. Ao analisar a série temporal das simulações das variáveis nas regiões selecionadas (norte, nordeste e ZCAS), observou-se uma maior dispersão entre as simulações na região da ZCAS em todas as variáveis, exceto na tensão meridional do vento. Na análise dos modos de variabilidade do Atlântico com a precipitação, foi identificada uma correlação positiva entre o AZM e as regiões norte e nordeste do Brasil, enquanto uma relação oposta foi observada na análise do AMM, que apresentou uma associação negativa com a precipitação na costa leste da América do Sul.