Associação da cromogranina A e da amilase salivar com a ansiedade e o estresse de profissionais de enfermagem hospitalar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Sérgio Valverde Marques dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17122019-162041/
Resumo: Os profissionais de enfermagem que atuam em instituições hospitalares são expostos às várias situações estressoras, que podem modificar o seu bem-estar físico e mental, expondo-os ao estresse e ansiedade. A Amilase Salivar (AA) e a Cromogranina A (CgA), são promissores biomarcadores que podem auxiliar no diagnóstico desses transtornos mentais, promovendo um melhor prognóstico ao trabalhador. Objetivo: Analisar se a CgA e a AA estão associadas à ansiedade e ao estresse dos profissionais de enfermagem hospitalar. Método: Este estudo foi dividido em duas etapas. Na primeira foi realizado um estudo de corte transversal, descritivo-analítico, quantitativo e, na segunda etapa, um estudo longitudinal, correlacional. A pesquisa foi desenvolvida em uma instituição hospitalar do Sul de Minas Gerais em 2018, com 210 profissionais de enfermagem. Para coleta de dados, utilizou-se um Questionário de Caracterização, o Inventário de Ansiedade de Beck, para verificar o nível de ansiedade e o Inventário de sintomas de Stress para adultos de LIPP (ISSL), para mensurar o estresse. Foram coletadas amostras de saliva dos participantes durante os turnos de trabalho. Para verificar a atividade da AA, utilizou-se o método de Determinação da Atividade da Amilase Salivar e para verificar a concentração de CgA, realizou-se o método de ELISA. Os dados foram tabulados e analisados de forma descritiva e inferencial, por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS) e software GraphPad Prism 5.0®, utilizando os testes Qui-quadrado de Pearson, Exato de Fisher, Mann-Whitney e Regressão Logística, com nível de significância de 5%. Este estudo foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa, conforme parecer nº 2.528.543. Resultados: A maioria dos profissionais apresentou estresse (58%) e grande parte deles (48,1%) tinha ansiedade em nível leve, moderado ou grave. Verificou-se que no turno da manhã a atividade da AA teve alteração entre os horários de coleta. Já a CgA, apresentou mais alterações no turno da tarde. Constatou-se que as variáveis: faixa etária, quantidade de filhos, tempo de atuação na instituição, carga horária de trabalho semanal e uso de medicamento, apresentaram associação significativa com a ansiedade dos profissionais de enfermagem (p<0,05). Além disso, as variáveis: faixa etária, prática de atividade física, uso de medicamento contínuo, tempo de atuação na instituição, outro emprego e tabagismo, demonstraram associação com o estresse dos trabalhadores (p<0,05). Verificou-se que a ansiedade estava associada ao estresse dos profissionais de enfermagem (p<0,001). Ao analisar a associação da ansiedade e estresse com a AA e CgA, constatou-se associação significativa entre o grupo \"estresse e ansiedade\" com a AA, em horários do turno da noite (p<0,05). Constatou-se ainda, significância do grupo \"estresse e ansiedade\" com a CgA, no turno da noite, bem como do grupo \"ansiedade\" em horários do turno da manhã (p<0,05). Conclusão: Os profissionais de enfermagem apresentaram níveis de ansiedade e estresse elevados, que foram associados as alterações da CgA e da AA em alguns horários e turnos de trabalho, demonstrando que podem ser possíveis biomarcadores de ansiedade e estresse