Análise do perfil morfológico e molecular da matriz extracelular no tendão tibial posterior em fetos humanos de diferentes idades gestacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Macêdo, Rodrigo Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-04032024-123030/
Resumo: Introdução: o conhecimento relacionado à etiologia, diagnóstico e ao tratamento da deformidade colapsante progressiva do pé mudou consideravelmente nas últimas décadas, no entanto o entendimento relacionado ao processo de cicatrização tecidual do tendão tibial posterior continua sendo um fator relevante. Os tendões de indivíduos adultos são tecidos altamente diferenciados com baixa capacidade regenerativa e após uma lesão cicatrizam por meio da formação de tecido fibrótico, perdendo suas características morfológicas e biomecânicas iniciais. Em contraste, o tecido tendíneo fetal, apresenta grande potencial regenerativo, o que pode ser um fator importante no tratamento das desordens relacionadas a esse tendão. Objetivo: avaliar a evolução da morfologia, a distribuição dos colágenos e a celularidade no tendão tibial posterior em fetos humanos. Métodos: o perfil morfológico foi avaliado em nove fetos frescos abortados espontaneamente: Grupo I: cinco fetos com idade entre 22 e 28 semanas de gestação; Grupo II: quatro fetos com idade entre 32 e 38 semanas de gestação. Os espécimes foram estudados pelas técnicas de histologia, fluorescência e imunohistoquímica. Resultados: no Grupo I, o tendão tibial posterior apresentou maior celularidade e maior percentual dos colágenos III (31,19 ± 2,10 vs. 17,20 ± 1,37 ; p <0,015) e V (12,52 ± 0,76 vs. 4,39 ± 0,76 ; p <0,016) do que nos tendões do Grupo II. O Grupo II apresentou predomínio de colágeno I (31,11 ± 1,74 vs. 51,40 ± 1,71 ; p <0,0159) e melhor organização da matriz extracelular em comparação aos tendões do Grupo I. Além disso, uma taxa maior, estatisticamente significativa, de CD90 (7,20 + 1,06 vs. 4,01 + 0,51; p <0,0159), marcador de células-tronco mesenquimais, foi encontrada nos tendões mais imaturos, do Grupo I. Conclusão: durante o desenvolvimento do tendão tibial posterior ocorrem modificações quantitativas e qualitativas. Neste estudo foi identificado uma maior organização da matriz extracelular, com maior paralelismo das fibras, um aumento do colágeno tipo I acompanhado da redução dos colágenos organizacionais dos tipos III e V além de uma redução da celularidade e da quantidade do marcador CD90 para células-tronco mesenquimais durante o desenvolvimento