Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Hissatugu, Bruno |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8157/tde-14012013-153028/
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Resumo: |
A pesquisa que realizei se concentrou em minha avó materna Akie Sakasegawa Matsuyama e suas famílias: seus pais e irmãos (Sakasegawa) e seu marido e filhos (Matsuyama). Não conheci meu avô Hideo Matsuyama. Talvez este estudo seja a maneira que encontrei de conhecer um pouco de sua história. Concentrei-me principalmente no espólio de Akie Sakasegawa Matsuyama, que compreende cartas, fotos avulsas e álbuns fotográficos, e na coleção fotográfica de sua mãe, Ine Narita Sakasegawa. Conduzi entrevistas não estruturadas, com fotografias, com diversos membros de sua família, nuclear e estendida, no Brasil e no Japão. Através desse material, pude vislumbrar os meios pelos quais as relações familiares foram mantidas após a imigração para o Brasil. O principal intuito do trabalho foi questionar o papel da fotografia nas trocas interpessoais entre as famílias no Japão e no Brasil. E, dessa forma, entender as ligações entre os retratos fotográficos e a noção de identidade que os imigrantes tinham de si mesmos. Por se tratar de um estudo sobre a família, a minha família, tentei utilizar metodologias concernentes à antropologia reflexiva, ou seja, procurei deixar claro que sou eu quem faz as reflexões e escreve sobre elas. Assim, muitos pontos podem dar margens à discórdia, muitas afirmações são escolhas que tive de fazer em função do texto. Uma vez que este estudo se refere à vida íntima de membros de minha família que, em sua maioria, não tive o privilégio de conhecer, boa parte do texto está aberta a outras interpretações. Tentei não impor minha visão demasiadamente, procurei estar aberto o suficiente para ouvir sem preconceitos o que os informantes me comunicaram. Busquei, enfim, seguir os rastros deixados por meus antepassados e ser fiel ao que pude vislumbrar. Este é um trabalho cuja intenção é preservar a memória das histórias e dos afetos compartilhados pelos imigrantes japoneses e suas famílias. Através de materiais permeados por amor e amizade, fotos e cartas, tentei compreender as relações íntimas entre os imigrantes de minha família materna. |