Mulheres que criam com vozes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Alves, Sarah Alencar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
-
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-09012020-164505/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo investigar, pelo viés da pesquisa artística e à luz dos debates sobre gênero e música na musicologia, de que maneira três artistas ligadas a diferentes práticas criativo-performáticas trabalham vozes a partir de temáticas relacionadas ao corpo e gênero. Neste contexto é fundamental a perspectiva da performance, abordada neste trabalho a partir de três pontos de vista: da musicologia, que estabelece a música enquanto fazer prático e processo de significado social; dos estudos da performance, propostos por Richard Schechner; e da performatividade de gênero, trabalhada por Judith Butler. Neste âmbito, o debate sobre questões de gênero - nos contextos em que as atividades artísticas se dão - é essencial. As artistas estudadas são Jocy de Oliveira, que vem de uma tradição de música escrita contemporânea e dialoga com encenação teatral; Iara Rennó, que traz a prática da canção popular; e Flora Holderbaum, que desenvolve trabalhos na área da música experimental e eletroacústica. Partindo da perspectiva da pesquisa artística também é realizado um laboratório de criação e performance a partir de relatos e reflexões acerca do projeto O canto para o jardim de veredas, do grupo Teatro Labirinto. Em tal laboratório são experienciados e discutidos recursos e processos observados nos trabalhos das artistas e bibliografia estudadas. Nesta pesquisa como um todo foi observada a maneira com que trabalhos artísticos vocais, que se propõem a explorar o canto como expressão da singularidade, participam na reivindicação do corpo enquanto forma de organização do mundo. Dessa maneira, é subvertido o paradigma cartesiano que separa a mente - associada no discurso hegemônico patriarcal a uma ideia de masculino - do corpo - tradicionalmente associado a uma ideia de feminino.