A influência da voz sobre a prática instrumental: a fala, o canto e sua aplicação na viola

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Faria, Cindy Folly [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236817
Resumo: Essa tese se propõe a investigar a influência da voz falada e cantada sobre a prática instrumental desde o século XVI até a atualidade através da observação do que dizem os instrumentistas a respeito da imitação da voz. Busca-se aplicar recursos e princípios da voz para os meios técnico-musicais específicos da viola, utilizando-se de contribuições de métodos e tratados vocais e instrumentais de vários períodos da história, além de contribuições de violistas importantes da atualidade. Utiliza-se especialmente o guia do caminho percorrido por Charles de Bériot na sua busca pela imitação da voz, mas outros autores também são utilizados. Os recursos técnico-musicais escolhidos para essa transferência são o portamento di voce no sentido de legato, tratando sobre aspectos de conexão entre notas e elementos musicais; as nuances de dinâmica, tratando sobre aspectos de sonoridade e messa di voce, ou son filé; a pronúncia do arco, que trata sobre acento e ataque das notas; e pontuação, que analisa a importância do controle na execução das pausas, silêncios e respirações entre as notas, inclusive na articulação. Acredita-se que a voz falada e a voz cantada possuem um forte poder discursivo e comunicativo, e que seus princípios podem ser úteis aos instrumentistas quando aplicados ao repertório de qualquer estilo ou período musical. Ao utilizar a própria voz ou olhar o exemplo de bons cantores ou oradores, o instrumentista traria para o próprio corpo as sensações físicas do que mentalmente ele deseja realizar, para então utilizar seu corpo de forma mais consciente para superar questões técnico-musicais no seu instrumento.