Classificação de recursos minerais por meio de simulação condicional e intervalo de confiança da média aplicada ao sulfeto disseminado do corpo de minério Sequeirinho, depósito Sossego, Província Mineral de Carajás

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Matheus Magalhães Pereira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44137/tde-10102019-142319/
Resumo: A classificação de recursos e reservas minerais deve atender aos requisitos de padrões internacionais criados para garantir transparência aos empreendimentos mineiros e, desta forma, dar segurança aos investidores. Esses padrões recomendam que os recursos minerais sejam classificados em medido, indicado e inferido. Entre os métodos de classificação internacionalmente aceitos, acredita-se que quantificação de incertezas por meio de simulação condicional e intervalos de confiança é uma alternativa mais completa em relação a métodos tradicionalmente utilizados porque considera a variabilidade local dos dados amostrais e apresenta como vantagem a incorporação de incerteza para a definição das classes de recursos minerais. Neste trabalho foi feita a classificação de recursos minerais para cobre (sulfeto disseminado) do Corpo de Minério Sequeirinho, parte do Depósito de Óxido de ferro-cobre-ouro Sossego, um depósito mineral de classe mundial localizado em Canaã dos Carajás- PA, Brasil. Para esta classificação foram utilizadas 20.268 amostras do litotipo sulfeto disseminado proveniente de campanhas de sondagem realizadas entre 1997 e 2003 na cava Sequeirinho. Os intervalos de incerteza definidos foram adaptados dos comumente utilizados na indústria mineral (Rossi e Deutsch, 2014): 0-15% para recurso mineral medido, 15-30% para recursos mineral indicado e 30-100% para recurso mineral inferido, todos calculados com um nível de confiança de 90% para blocos com teor de corte de 0,33% de cobre. O recurso mineral medido totalizou 74,2 milhões de toneladas a um teor médio de cobre de 1,62%, o recurso mineral indicado apresentou 51,2 milhões de toneladas a um teor médio de 0,67% de cobre e recurso mineral inferido apresentou 24,6 milhões de toneladas a um teor médio de 0,41% de cobre, considerando um teor de corte de 0,33%. Tendo em vista que os padrões internacionais incentivam a utilização de incerteza para a classificação, mas não definem quais parâmetros devem ser utilizados, novas classificações foram feitas a partir de variações nos intervalos de incerteza para cada classe de recurso mineral com o objetivo de comparar os resultados. Notou-se com os resultados das novas classificações que este método apresenta sensibilidade a pequenas variações dos intervalos de incerteza utilizados para a definição das classes de recursos minerais e que o tipo de distribuição de frequência dos dados amostrais tem papel importante na escolha desses intervalos. Desta forma depósitos que apresentam alta variabilidade devem ser tratados de forma diferente dos depósitos de baixa variabilidade quando se trata da escolha de intervalos de incerteza para a classificação de recursos minerais.