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Finanças pessoais: um estado da arte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Costa, Mayla Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-17102024-114358/
Resumo: Os conceitos do planejamento financeiro pessoal e familiar são amplamente difundidos há muitos anos em países adiantados como Estados Unidos, Grã-Bretanha e Japão. No Brasil, foi somente depois da estabilização da economia, a partir de meados de 1994, que as pessoas começaram a tomar consciência da importância de planejarem suas finanças. Desde então, estudos realizados no Brasil não conseguiram demonstrar a sua devida abrangência. Os objetivos específicos da pesquisa foram: a) estudar finanças pessoais, levando-se em consideração aspectos das finanças comportamentais; b) analisar profissionais brasileiros quanto a sua qualificação e relacionamento com os clientes; c) conhecer as propensões manifestadas pelos profissionais quando prestam assessoria de investimentos. Para atingi-los, optou-se por um estudo de natureza qualitativa e do tipo exploratório, norteado por pesquisa bibliográfica e desenvolvido com a aplicação de questionário a profissionais envolvidos com finanças pessoais no Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Safra, Mercantil do Brasil e Unibanco, escolhidos de acordo com o critério de atendimento simultâneo a três requisitos: a presença na região metropolitana pesquisada; a presença entre os cinquenta maiores bancos operando no Brasil e o bom relacionamento junto aos profissionais abordados. Para a análise dos dados, utilizou-se a distribuição de frequências e a tabulação cruzada. Os sujeitos de pesquisa foram 40 profissionais, sendo 20 assessores financeiros e 20 consultores (ex-alunos do MBA em Personal Finance da Fipecafi). Além do aspecto descritivo, esta dissertação também teve um aspecto afirmativo, pois defendeu que os assessores e consultores deveriam praticar a propensão ao cliente como forma de fidelizar os investidores e no caso dos assessores, melhorar a captação do banco. Dessa forma, em todas as análises, o foco foi examinar como as diversas variáveis-causa podem favorecer a consideração de características do investidor no processo de recomendação de investimentos. É possível afirmar que, quanto maior o número de clientes na carteira do assessor, menor sua propensão ao cliente, ao passo que, quanto mais constantes são os contatos e o tempo de relacionamento entre assessores e clientes, mais aqueles são propensos às características destes. De maneira geral, as carteiras dos clientes dos assessores com propensão ao cliente são mais diversificadas e menos conservadoras do que as carteiras ligadas aos assessores com propensão ao produto. O grau de influência da assessoria sobre as decisões dos clientes parece ter relação inversa com a propensão ao cliente. As carteiras dos clientes dos consultores com propensão ao cliente também são mais diversificadas do que as carteiras ligadas aos consultores com propensão ao produto. Em busca de caminhos à finanças pessoal, remeteu-se este estudo também a finanças comportamental, que apontou fatores conclusivos a análise. Ao tratar do Estado da Arte das Finanças Pessoais verificou-se a importância do desenvolvimento de estudos sobre o assunto e reconheceu-se que a educação financeira e capaz de beneficiar não apenas os indivíduos envolvidos no processo, mas o país como um todo. Com as percepções obtidas nesta dissertação, confirma-se a importância do estudo das finanças pessoais para o bem da sociedade brasileira, no sentido de promover a poupança e desenvolvimento nacional.