Diagnóstico de vírus por microscopia eletrônica em urina de pacientes com hematúrias/cistite hemorrágica após transplante de medula óssea: associação com aspectos clínicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Castelli, Jussara Bianchi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-14072014-114006/
Resumo: Pacientes submetidos ao transplante de medula óssea, apresentando hematúria/cistite hemorrágica, tiveram amostras de urina analisadas pela microscopia eletrônica. Esta foi a técnica escolhida de pesquisa viral pela sua confiabilidade. Noventa em 402 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea neste serviço apresentaram hematúria/cistite hemorrágica (incidência de 22%). O estudo por microscopia eletrônica foi realizado em 72 destes pacientes com hematúria/cistite hemorrágica (grupo de estudo), identificando 55,6% (40/72) de positividade viral. Foram também estudadas amostras de urina de 12 pacientes submetidos ao transplante de medula óssea sem hematúria/cistite hemorrágica (grupo controle); houve associação significante entre a presença de vírus e hematúria/cistite hemorrágica (p<0,01 - Teste exato de Fisher). No grupo com hematúria/cistite hemorrágica, 65% (26/40) dos vírus detectados pertenciam à família Poliomaviridae, 30% (12/40) à Adenoviridae, e 5% (2/40) foram positivos para ambas as famílias. Houve associação entre a positividade para vírus e a presença da doença enxerto-contra-hospedeiro (p=0,05-x2) e o de início tardio (>dia+21) da H/CH (P=0,04-x2), bem como entre a doença enxerto-contra-hospedeiro e a severidade da H/CH (p=0,04-x2). O presente estudo mostra que a microscopia eletrônica é uma ferramenta útil para detecção de vírus na urina de pacientes submetidos ao transplante de medula óssea apresentando hematúria/cistite hemorrágica e que o vírus provavelmente tem um papel no desenvolvimento do sangramento urinário, o qual é agravado pelo doença enxerto-contra-hospedeiro. A microscopia eletrônica deveria ser realizada rotineiramente para guiar as outras técnicas de detecção viral, como a imunocitoquímica e biologia molecular.