Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fernandes, Caroline Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81132/tde-08092022-170316/
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Resumo: |
Propor a metodologia de Resolução de Problemas (RP) nas aulas de Química pode potencializar o desenvolvimento de habilidades cognitivas de ordem mais alta, essenciais para a vida em sociedade e para a resolução de problemas sociais e pessoais. Tendo em vista essas considerações, a presente pesquisa investigou as concepções de professores de Química, da rede pública e privada de ensino, do estado de SP, sobre o ensino contextualizado e a metodologia de RP, objetivando contribuir para a melhoria do ensino. A pesquisa apresentou características metodológicas da pesquisa qualitativa, sendo utilizadas duas estratégias para a coleta dos dados: (1) um instrumento, denominado como questionário geral, contendo questões abertas e fechadas, referentes à metodologia de RP e o ensino contextualizado; (2) a aplicação de um curso de formação continuada para professores, realizado no 20º Encontro do USP Escola, remotamente, que buscou identificar as concepções dos docentes acerca da metodologia de RP e do ensino contextualizado e verificar como mobilizam seus conhecimentos para propor problemas para seus alunos. Para isso, foram utilizados diversos instrumentos de coleta de dados, tais como: questionários (prévio e pós), atividades práticas de elaboração de problemas de Química e suas resoluções, análise de questões de vestibulares e ENEM. A metodologia de análise baseou-se nos critérios de organização da Análise de Conteúdo, segundo Bardin (2011), sendo utilizadas categorias emergentes e a priori para o tratamento e interpretação dos resultados. Para as categorias a priori, adaptaram-se alguns critérios, tais como os níveis de contextualização e de cognição das perguntas e as habilidades cognitivas mobilizadas na resolução dos problemas, descritos, respectivamente, por Marcondes et al. (2009), Shepardison e Pizzini (1991) e Zômpero, Laburú e Vilaça (2019). Vale salientar que as estratégias e os instrumentos de coleta de dados foram implementados considerando a situação de isolamento social devido ao Covid-19. Por meio das respostas ao questionário geral, verificou-se que a maioria dos professores considerou a contextualização do ensino como uma maneira de aproximação do conhecimento científico ao cotidiano dos alunos, contextualizando suas aulas em nível da exemplificação do conhecimento científico e da descrição científica de fatos e processos. As concepções manifestadas pelos professores quanto à metodologia de RP, foram condizentes com a literatura. Em relação ao curso, foi possível identificar que os professores apresentaram concepções de contextualização parecidas com àquelas observadas no questionário geral e tais ideias se mantiveram ao final do curso. Apesar desse impasse, averiguou-se que os docentes buscaram incluir aspectos do cotidiano nos problemas elaborados, alcançando questões de alto nível cognitivo. Os professores demostraram ter conhecimento conceitual adequado sobre a metodologia de RP, sendo essas concepções aperfeiçoadas e reconstruídas ao longo do curso. Não podemos inferir que essas mudanças conceituais implicarão em um efeito permanente na prática dos professores, porém, defende-se que as discussões e as atividades vivenciadas no curso contribuíram para reflexões sobre novas possibilidades e propostas de ensino. Por fim, os resultados nos possibilitaram perceber as mudanças já conquistadas pelos docentes e os desafios que ainda precisam ser superados para a apropriação dessa metodologia e perspectiva de ensino nas aulas. |