Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Mardelson Nery de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-23102024-142644/
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Resumo: |
Introdução: Os níveis elevados de pressão arterial, associado a níveis suprimidos de renina e aumento da excreção de aldosterona é considerada uma hipertensão arterial secundária, chamada de hiperaldosteronismo primário (HAP). A produção excessiva de aldosterona ativa os receptores mineralocorticoides, levando a retenção de sódio e graus variados de hipocalemia. Pacientes com HAP apresentam um risco 4 a 12 vezes mais elevado de eventos cardíacos e cerebrovasculares. Objetivo: Otimizar o screening de diagnóstico e tratamento do HAP, a partir da criação de um manual e um fluxograma. Metodologia: Análise comparativa do perfil clínico-epidemiológico, dos teste de screening (rastreio), dos métodos diagnósticos (laboratoriais, exames de imagem e provas confirmatórias), assim como, do tratamento previsto, preconizado pelas principais instituições médicas ligadas ao tema, assim como, analisando as últimas publicações médicas ligadas ao tema, utilizando, para isso, plataformas como: MEDLINE, EMBASE e Cochrane e, por fim, realizar a mesma análise nos pacientes com HAP no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC). Resultados: O tempo médio até o diagnóstico de HAP a partir do início da hipertensão varia de 4-13,5 em outras populações analisadas, já no IDPC é de 19,6 anos. Já o desenvolvimento de LOA ou doença cardiovascular estabelecida é de, no máximo, 7,0% em outras populações analisadas e nos pacientes do IDPC chega a 100% dos pacientes analisados. Quanto aos testes de screening, há uma sensibilidade 94% (IC 95%) e especificidade > 90% (IC 95%) quando se utiliza CPA/ARP 30 para pacientes hipertensos, principalmente com hipertensão resistente. Pacientes com hiperplasia adrenal bilateral podem apresentar CPA mínimo de 10 ng/dl (5/125). Para a identificação de APA a área sob a curva foi maior com a dosagem de CRP [0,974 (95% CI 0,9400,991) vs. 0,894 (95% CI 0,8410,933), p = 0,02]. Não há um teste confirmatório padrão-ouro, apesar de que alguns pesquisadores consideram o teste da fludrocortisona o mais confiável. Quanto a avaliação da adrenal a TC apresenta algumas vantagens sobre a RNM. A CVA é utilizada para avaliar se o HAP é uni ou bilateral. Uma metanálise com 950 pacientes comparou a TC/RNM adrenal com a CVA acerca da hiperprodução de aldosterona, ocorrendo concordância em, apenas, 62,2%. Assim, quando a avaliação da lateralização, basear-se, apenas, na TC/RNM adrenal pode levar a um tratamento equivocado. Conclusão: Quando comparada a outras populações analisadas, são quase 6 anos a mais que estamos demorando para gerar a suspeita e iniciar o rastreio e os testes confirmatórios para HAP, levando a um maior número de pacientes com LOA e doença cardiovascular estabelecida. Dessa forma, é fundamental a criação de um manual e um fluxograma com o estabelecimento de um tempo mínimo (ideal) e máximo para cada etapa do processo, visando a otimização do tempo envolvendo o diagnóstico e o tratamento da HAP. |