Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Alvares, Leonardo Azevedo Mobilia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-18042023-163159/
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Resumo: |
Introdução: Efeitos da exposição a testosterona durante a puberdade na performance física de mulheres transgênero (MT) em uso de estrógenos não são claramente conhecidas. Não há dados na literatura sobre capacidade aeróbica cardiopulmonar desta população. Objetivos: Avaliar a capacidade aeróbica cardiopulmonar e a força muscular de MT em terapia de afirmação de gênero a longo-prazo. Método: Foi realizado estudo transversal com 15 MT (média de idade 34,2 ±5,2 anos), 13 mulheres cisgênero (MC) e 14 homens cisgênero (HC) pareados por idade e nível de atividade física. Para avaliação da composição corporal realizou-se bioimpedanciometria e para as capacidades físicas foram realizados o teste de preensão palmar e teste ergoespirométrico com esforço incremental. Resultados: A média de força máxima (kg) foi 35,3±5,4 nas MT, 39,7±3,6 nas MC, e 48,4±6,7 nos HC (MTvsMC p<0.05; MTxHC p<0.0001). O índice de força média/massa livre de gordura foi de 0,6 kg/kg em MT, 0,7 kg/kg nos dois grupos controles (MTvsMC p>0.05, MTvsHC p>0.05). O VO2pico (ml/min) de MT foi de 2606±416,9, o de MC foi de 2167±408,8 e o de HC foi de 3358±436,3 (MTvsMC p<0.05; MTvsHC p<0,0001). O pulso de O2 de MT foi intermediário entre MC e HC (MTvsMC p<0.05; MTvsHC p<0,0001). Houve alta correlação de pulso de O2 e massa livre de gordura/altura2 de MT (r=0,7388; p= 0,0017). A porcentagem de frequência cardíaca predita durante esforço máximo foi maior em MT (103,1) do que em MC (96.5) (p<0.05) e HC (99,2) (p>0.05). Discussão: Na análise VO2pico/massa livre de gordura, MT apresentaram níveis intermediários na comparação aos outros grupos o que pode estar relacionado à redução do débito cardíaco, representado pelo pulso de oxigênio, e por disfunção muscular representada pela alta correlação observada na análise de VO2pico/massa livre de gordura. Maior elevação de frequência cardíaca ao esforço pode sugerir exacerbação do ergoreflexo. Conclusão: A avaliação da capacidade cardiopulmonar de mulheres transgênero não atletas em terapia estrogênica de longa duração revelou uma medida intermediária àquela apresentada por homens e mulheres cisgênero. A força muscular média mensurada pelo teste de preensão manual e VO2 pico foram maiores nessas mulheres transgênero do que em mulheres cisgênero. Esses dados inéditos contribuem na ampliação dos conhecimentos sobre as repercussões da ação da testosterona durante a puberdade e vida adulta no desempenho de mulheres transgênero em estrogenioterapia submetidas ao esforço físico agudo |