Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Amaral, Anna Beatriz Costa Neves do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-16012017-140131/
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Resumo: |
Os novos currículos das escolas médicas brasileiras privilegiam em seu plano de ensino o cuidado com o paciente, conhecimento médico e do sistema de saúde, profissionalismo, prática baseada em problemas e habilidades interpessoais de comunicação. Um dos métodos para avaliar as habilidades de comunicação é, a partir da observação de situações clínicas simuladas, associar a opinião de múltiplos avaliadores e a análise de gaps com base nos itens do Consenso Kalamazoo ampliado. O objetivo final é produzir feedback construtivo para o aluno na relação com a equipe multiprofissional, os pacientes e seus familiares. O instrumento Gap-Kalamazoo Communication Skills Assessment Form (GKCSAF) foi traduzido, adaptado culturalmente para a língua portuguesa do Brasil e validado. Foram avaliadas na validação qualidade, confiabilidade e análise fatorial exploratória dos itens. A versão final em português foi aplicada a médicos residentes, equipe multiprofissional, facilitadores e atores nas áreas de Oncologia, UTI Neonatal e UTI Pediátrica. As opiniões dos avaliadores foram associadas a análise de gaps utilizando-se estatística descritiva e o resultado final foi oferecido como feedback por escrito para cada participante. O produto das duas traduções iniciais conciliadas foi retrotraduzido e avaliado pelo autor do método que sugeriu ajuste em 3 termos. Cinco das 86 sentenças avaliadas durante as 4 rodadas do método Delphi modificado mantiveram-se discordantes. 21 participantes responderam ao pré-teste e 9 sugestões de adaptação cultural foram reescritas, gerando a versão final. Dos 37 participantes do processo de validação, 84% eram do sexo feminino e 76% não receberam formação em comunicação em saúde. Todos os participantes consideraram o instrumento de fácil compreensão. A consistência interna (AlfaCronbach = 0,818) e a confiabilidade do teste-reteste (coeficiente de correlação intraclasse = 0,942) foram adequadas. A análise fatorial exploratória verificou a unidimensionalidade da escala. Foram realizadas 8 cenas simuladas, com duração média de 7 minutos, totalizando 104 avaliações. Todas as cenas possuem padrões diversos de correlação entre as médias de avaliação dos grupos de observadores e 75% tinham pontuação na escala Likert maior ou igual a 3 nos nove itens de comunicação. Houve destaque para a adequada transmissão de informações precisas e os itens que necessitam melhorar variaram em cada simulação. Nas auto-avaliações, as sub-avaliações foram frequentes, com 43 apontamentos. Em duas cenas houveram itens com super avaliações, uma com 8 itens e outra com 1 item. Destes 52 apontamentos, 10 (19%) são coincidentes com a opinião dos observadores. A tradução em etapas originou versão adequada para a língua portuguesa do ponto de vista linguístico e técnico. As propriedades psicométricas foram semelhantes às do instrumento original. Os dados obtidos no ambiente simulado puderam identificar lacunas da comunicação interpessoal em questões específicas, abordadas em momento de feedback formativo e auto-reflexão. Este método envolve toda a equipe de saúde, é prático e reproduzível em instituições de ensino brasileiras. Sua inclusão no currículo atual pode aprimorar de maneira continuada a relação médico-paciente-cuidador-equipe |