Avaliação funcional de fotorreceptores na degeneração macular relacionada à idade 

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Decleva, Diego Vinicius Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47135/tde-12112019-161223/
Resumo: A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) é a principal causa de cegueira e perda de visão central em pessoas acima dos 50 anos nos países desenvolvidos. O diagnóstico da DMRI é geralmente realizado em consulta de rotina na qual, através da biomicroscopia de fundo, é detectada a presença de drusas, exsudatos subrretinianos ou atrofias geográficas na retina. Embora o diagnóstico seja razoavelmente simples, sua fisiopatologia é complexa, não está totalmente elucidada e envolve os sistemas antioxidante, imune e vascular, afetando principalmente a mácula, área responsável pela acuidade visual e visão de cores. Assim, nosso objetivo foi avaliar a atividade dos fotorreceptores em pacientes com DMRI através de testes psicofísicos e eletrofisiológicos. Para isto, foram incluídos 49 participantes, 19 no grupo controle (71,6 ± 4,8 anos) e 30 no grupo com DMRI seca (69,2 ± 7,7 anos). Os participantes foram submetidos a teste de visão de cores (Cambridge Colour Test - CCT), a pupilometria cromática para verificar a integridade da retina externa e interna e eletrorretinografia (ERG) com flicker heterocromático. Os resultados obtidos no CCT apresentaram uma pior discriminação de cores nos eixos Protan, Deutan e Tritan dos sujeitos portadores de DMRI comparados com os controles. Na pupilometria cromática, constatamos integridade da retina externa, mas houve redução da amplitude da resposta do estímulo às células ipRGC da retina interna. No ERG, não foram observadas diferenças nas respostas correspondentes a atividade das vias magno- e parvocelular. Estes resultados indicam que há preservação de função das vias magno- e parvocelulares na DMRI inicial, assim como das respostas pupilares mediadas pelos fotorreceptores, e que a discriminação de cores pode ser um instrumento sensível para revelar alterações iniciais na DMRI