Correlação entre estrutura anatômica e função visual em buraco macular e membrana epirretiniana. Efeitos da vitrectomia com peeling da membrana limitante interna

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Perches, Ana Claudia Brancato De Lucca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-13122013-140143/
Resumo: Objetivos: Avaliar a função e estrutura da retina de pacientes com membrana epirretiniana (MER) ou buraco macular (BM) antes e após a cirurgia, e determinar suas relações e os valores preditivos para a acuidade visual após tratamento com vitrectomia associada a peeling da membrana limitante interna. Casuística e Métodos: Foram incluídos 51 olhos de 50 pacientes com indicação de tratamento cirúrgico de MER ou BM idiopáticos. Foi realizada avaliação oftalmológica completa, incluindo melhor acuidade visual corrigida (MAVC) no pré-operatório e nas semanas 1, 3, 8, 24 e 48 após a cirurgia, enquanto que eletrorretinografia multifocal (mfERG) e tomografia de coerência óptica (OCT) foram realizadas antes da cirurgia e dois e doze meses após o procedimento. Os resultados da mfERG serão apresentados na forma da razão entre os valores encontrados nos dois anéis centrais, normalizados pelas médias dos três anéis periféricos (denominada razão P1), para minimizar a variabilidade interpessoal desse teste e ressaltar as alterações encontradas nos anéis centrais. A OCT foi usada para calcular o quociente entre medidas da altura e base do BM (IBM). Resultados: Quarenta e cinco pacientes (46 olhos; n = 30 BM e 16 MER) completaram as 48 semanas de seguimento. No pré-operatório, a média ± SE da MAVC (logMAR) para os grupos BM e MER, respectivamente, foi: 0,93 ± 0,22 (20/170; ou 0,12 decimal) e 0,58 ± 0,11 (20/76; ou 0,26 decimal), com melhora significativa após 48 semanas de seguimento (média ± EP da diferença entre as acuidades visuais medidas em logMAR em 48 semanas e a basal) -0,25 ± 0,07 para o grupo BM e -0,29 ± 0,06 para o grupo MER. O mfERG mostrou-se alterado antes da cirurgia para BM, com melhora da razão P1 após a cirurgia. Para o BM, houve correlação entre a razão P1 no pré-operatório e o ganho da MAVC na semana 8 após a cirurgia (r = -0,42; p = 0,033), mas essa correlação não foi observada para o grupo MER. Também não houve correlação entre o IBM e a acuidade visual após a cirurgia. Conclusões: Os resultados indicam que pacientes com BM apresentando mfERG com baixa razão P1 têm menor probabilidade de ganho de visão após a cirurgia, mas essa afirmativa não é válida para a MER.