Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Cometti, Gabriela Frigini |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23159/tde-26082021-131533/
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Resumo: |
Dentre os passos da confecção de uma prótese ocular a pintura da íris protética é a mais delicada e de fundamental importância para a dissimulação estética e reabilitação social do paciente. O propósito do presente estudo foi compreender, com o auxílio de aspectos visuais, mecânicos e microestruturais, o comportamento dos materiais utilizados na pintura de íris de próteses oculares, compondo as interfaces de resina acrílica termicamente ativada com tinta acrílica ou pigmentos minerais e destes materiais de pintura com o botão de íris pré-fabricado. Foram confeccionadas dezoito próteses oculares e divididas em três grupos de acordo com o material utilizado para pintura: G1 com botões de íris pintados com tinta acrílica e seladas com cola à base de cianoacrilato; G2 com botões de íris pintados com pigmentos minerais e uma solução de monômero-polímero, comumente chamado de monopoly; G3 com botões de íris pintados com tinta acrílica que receberam uma camada de monopoly previamente a pintura e selados com cola à base de cianoacrilato. A técnica de pintura invertida foi utilizada em todos os grupos. O processo de confecção foi dividido em três tempos: botões de íris pintados (T1), botão de íris pintados incluídos na ceroplastia (T2) e próteses oculares finalizadas (T3). Três avaliadores analisaram visualmente e de forma aleatória as amostras dos três grupos (G1, G2 e G3) nos três tempos de confecção (T1, T2 E T3) para classificação quanto a presença do \"espelhamento de íris\". Posteriormente as amostras foram cortadas em formas de \"palitos\" de 1mm X 1mm (CP) pela IsoMet 1000 com velocidade de 225 r.p.m e fixados nas garras autotravantes acopladas a Instron para que fosse realizada a análise mecânica de microtração e resistência de união. Após essa etapa, também foi realizada análise microestrutural através de microscopia óptica e eletrônica de varredura (MEV) com os mesmos CPs. Os dados foram submetidos às seguintes análises estatísticas: coeficiente Kappa de Fleiss, coeficiente de correlação de Pearson e teste de T-Student. Na análise visual o G3 apresentou o maior número de amostras com \"espelhamento de íris\" e em todos os tempos, enquanto G2 apresentou o melhor resultado, com menos amostras quantitativas. O coeficiente Kappa de Fleiss calculado em relação aos grupos foi de 0,66 (concordância de respostas muito boa), já em relação aos tempos, 0,56 (concordância de respostas boa). O coeficiente de correlação de Pearson calculado foi de +0,95 (nível de correlação positivo e muito forte). Além disso, G2 apresentou maior resistência de união estatisticamente significante (p<0,0001) para o teste TStudent, apontando uma maior afinidade do material de pintura com as estruturas ao redor. O padrão de fratura dos CPs após a microtração foi avaliado através da microscopia óptica e mostrou que G1 apresentou em sua maioria fraturas adesiva (68,57%) e não apresentou fratura coesiva; G2 apresentou os três tipos de fratura: adesiva (28%), coesiva (28%) e mista (44%); G3 apenas apresentou fraturas adesivas (100%) com o descolamento do material de pintura do botão de íris préfabricado. Através do MEV foi possível identificar as características da superfície de pintura, apontando que a técnica utilizada no G2 apresenta um padrão mais organizado e com alto relevo pouco acentuado. A técnica de pintura recomendada e que apresentou melhores resultados é a técnica de pintura invertida por pigmentos minerais associados ao monopoly (G2). |