Petrologia da suíte Derribadinha e o tonalito Bom Jesus na região de Governador Valadares (MG). Abordagem estrutural a partir da ASM. Relações com a suíte Galileia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Suárez Rojas, Alba Marina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44141/tde-10042015-125835/
Resumo: A Faixa Araçuaí corresponde à porção setentrional da Província Mantiqueira (Almeida et. al., 1973), sendo informalmente subdividida em três domínios estruturais: o para-autóctone ocidental, e os alóctones Central e Oriental (Oliveira et al., 2000; Vauchez et al., 2007), todos envolvidos em um sistema de empurrões N-S com vergência para oeste. De modo geral, o Domínio Ocidental ou milonítico corresponde à cobertura deformada do Cráton São Francisco, o Domínio Central a rochas tonalíticas-granodioríticas e o Domínio Oriental a anatexitos leucograníticos. A Suíte Derribadinha e o Tonalito Bom Jesus, alvos desta pesquisa, localizam-se na região onde as rochas do domínio central, cuja principal expoente é a Suíte Galiléia, cavalgam sobre os Complexos Mantiqueira e Juiz de Fora do Domínio Ocidental na região de Governador Valadares (MG). A Suíte Derribadinha é composta por dioritos, quartzo-dioritos, tonalitos com biotita e anfibólio. A unidade Bom Jesus é tonalítica com predominância de biotita e granada. Pods de rochas máficas associados a estas duas unidades são gabros e quartzogabros com ocorrência de ortopiroxênio. Geoquimicamente, segundo as definições de Frost et al. (2001) o conjunto geral de amostras é essencialmente magnesiano, metaluminoso a moderadamente peraluminoso e cálcico a cálcio-alcalino, com exceção das amostras do Tonalito Bom Jesus que são marcadamente peraluminosas, O padrão de elementos traços é também similar para todas as unidades, com valores elevados em LILE (Rb, Ba e K) e depleção em HSFE (Ta, Nb, Hf e Zr). Esse conjunto de características geoquímicas são condizentes com magmas de arco vulcânico, e sugerem que as várias unidades cartografadas relacionam-se geneticamente. Análises de Microscopia Eletrônica Varredura - MEV, e investigações sobre a mineralogia magnética, através de curvas termomagnéticas e magnetização remanente isotérmica (MRI), evidenciaram ocorrência de óxidos de ferro (magnetita-hematita), sulfetos de ferro (pirita-pirrotita) e sulfetos de cobre (calcopirita) para as amostras da suíte Derribadinha, rochas máficas com ortopiroxênio e a unidade São Vitor (parte da suíte Galiléia). Amostras do Tonalito Bom Jesus exibiram óxidos de titânio (ilmenita) e ferro (hematita). O Tonalito Bom Jesus exibe valores de suscettibilidade k < 0,5 mSI. Esses valores sugerem que a anisotropia de suscetibilidade magnética ASM para essa unidade é controlada essencialmente pelos minerais paramagnéticos (Rochette, 1987; Hrouda & Jelíneck 1990). A Suíte Derribadinha e as rochas máficas com ortopiroxênio apresentam valoles de k >0,5 mSI. Esses valores indicam o controle da fração ferro e paramagnética. O grau de anisotropia P varia entre 1.01 e 2.22, com valores maiores para suíte Derribadinha. Os elipsóides de ASM são dominantemente oblatos. A correspondência da trama magnética com as medidas diretas obtidas em campo sugerem que os dados ASM são uma boa aproximação da petrotrama. Foliações espaçadas leve a moderadamente definidas são observadas meso e microscopicamente em todas as unidades, porém foliações no estado sólido se restringem à zona de cisalhamento que coloca a Suíte Derribadinha e o Tonalito Bom Jesus sobre as rochas do Complexo Mantiqueira e Juiz de Fora. Foliações com direção dominantemente N-S e mergulhos rasos a moderados para E, contendo lineações down dip, correlacionados com indicadores cinemáticos refletem a dinâmica de empurrão movimentação para leste, definida na literatura como própria da tectônica colisional.