Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Costa, José Fernando Andrade |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-03102022-151523/
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Resumo: |
A presente pesquisa trata da luta social enquanto um tipo de atividade humana tão invariante quanto trabalho e interação, de modo que a luta pode ser compreendida como um processo psicossocial básico mediador da relação indivíduo-grupo-sociedade. Para investigar as formas de luta social no contexto da crise da democracia brasileira elegeu-se como recorte temático o fenômeno dos mandatos coletivos enquanto iniciativas recentes de reinvenção da participação política institucional por grupos historicamente sub-representados, tais como: mulheres, negros, indígenas, trans, ambientalistas, periféricos, militantes e ativistas. Buscou-se analisar a configuração das lutas contemporâneas a partir de um estudo de caso expandido em duas frentes: 1) estudo bibliográfico sobre lutas sociais e horizontes normativos; 2) pesquisa empírica com integrantes de mandatos coletivo, compartilhado e popular. Foram realizadas oito entrevistas orientadas por roteiro semiestruturado e análise documental de inspiração netnográfica de postagens em redes sociais de internet entre 2019 e 2022. Os casos discutidos foram: Mandato Coletivo de Alto Paraíso de Goiás (GO); Mandato Compartilhado de Gabriel Azevedo, em Belo Horizonte (MG); Mandato Popular de Jhonatas Monteiro, em Feira de Santana (BA); e a Mandata Ativista de São Paulo (SP). Os achados da pesquisa foram divididos em oito capítulos dedicados: 1) à discussão da luta social enquanto crítica-prática; 2) aos horizontes normativos da crítica social; 3) ao diagnóstico da crise do capitalismo e da democracia; 4) à dinâmica das lutas sociais no Brasil; 5) às configurações das lutas mediadas pelas redes sociais de internet; 6) à participação política institucional e iniciativas de apoio a candidaturas; 7) às diferentes experiências de reinvenção da ocupação política; 8) à dimensão psicossocial das lutas sociais a partir do caso Mandata Ativista. Como referenciais analíticos, foram utilizados os aportes da teoria crítica contemporânea (Habermas, Honneth, Fraser e Jaeggi) e da Psicologia Social Crítica latino-americana. Argumenta-se que o surgimento dos mandatos coletivos resulta da combinação entre o aprofundamento da crise de legitimação democrática e a reconfiguração das lutas sociais em um contexto de mudança institucional na ordem social capitalista contemporânea. Entendida como forma de prática social crítica, as lutas interseccionais feministas, antirracistas, ecológicas e anticapitalistas podem ser potencializadas pela experiência coletiva de ocupação da política. No entanto, a condensação das lutas sociais revela efeitos psicossociais ligados tanto aos processos de aprendizagem por meio da aquisição de experiências, quanto aos bloqueios institucionais à participação de novos corpos e pautas no âmbito da política institucional brasileira |