Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Bandeira, Andrea Camara |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-11112021-150133/
|
Resumo: |
As evidências apresentadas neste trabalho revelam um padrão particular de reestruturação produtiva na América Latina, especialmente na década de 1990, no sentido da expansão relativa de setores produtores de bens primários e com elevado grau de padronização. Concomitantemente a este processo, a região implementou um amplo conjunto de reformas, com destaque para a abertura comercial, a qual, pela sua extensão e abrangência, contribuiu largamente para a redefinição do ambiente económico dos países latino-americanos. A abertura afetou a trajetória de crescimento económico, bem como a evolução da produtividade total dessas economias, como evidenciado por trabalhos que avaliam, em termos genéricos, os efeitos da abertura comercial sobre o desempenho económico dos países. Diferentemente dessa literatura, o presente trabalho sustenta que o efeito da abertura sobre a evolução da produtividade e, por conseguinte, sobre o crescimento económico dos países, ocorreu por meio de um mecanismo particular, representado pela a reestruturação setorial ou produtiva. Ao modificar o conjunto de preços relativos das economias, a abertura levou a uma recomposição no que diz respeito à participação dos setores no produto, como sugerido pela teoria padrão de comércio internacional. A estrutura produtiva resultante, por sua vez, condicionou o crescimento da produtividade total agregada, visto que os diversos setores apresentam dinâmicas de produtividade distintas, resultado de diferenças setoriais com respeito aos seus componentes - progresso técnico, eficiência alocativa e eficiência de escala. A investigação econométrica, para o período compreendido entre 1975 e 2000, evidencia que não apenas a abertura afeta o perfil produtivo da amostra selecionada de países, mas que esse efeito depende do nível de desenvolvimento da economia. De forma similar, as evidências empíricas indicam ser fundamental incluir a estrutura produtiva no rol dos determinantes da evolução da produtividade total de fatores e de seus principais componentes. Assim, as evidências reunidas não refutam o argumento de que as diferenças setoriais referidas e, com isso, a composição produtiva, são cruciais para se compreender as distintas trajetórias entre os países em termos de produtividade agregada e crescimento económico. |