Análise do desempenho motor e funcional de pessoas com ataxia espinocerebelar durante a realização de tarefas em ambientes real e virtual: estudo transversal crossover

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Graciani, Zódja
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-16042024-141117/
Resumo: As tarefas de alcance e coordenação são amplamente utilizadas em programas tradicionais de reabilitação física para pessoas com Ataxia. As terapias de realidade virtual poderiam otimizar o desempenho motor desses indivíduos, no entanto, o tipo de interface virtual pode influenciar o desempenho, o aprendizado e o engajamento durante a prática virtual. Assim, o objetivo deste estudo foi explorar o efeito de diferentes interfaces (webcam e touchscreen) no desempenho motor e físico funcional de indivíduos com ataxias hereditárias (AH) durante tarefas de jogos virtuais em computador. Para tanto, participaram dezessete voluntários com diagnóstico de AH entre 21 e 64 anos de idade e dezesseis para compor grupo controle. Foram coletados dados sociodemográficos e medidas funcionais e clínicas. As tarefas do jogo virtual foram realizadas sob diferentes interfaces (webcam ou touchscreen). Subgrupos de participantes com AH realizaram os jogos virtuais utilizando as interfaces em diferentes ordens (interface webcam, seguida de interface touchscreen, ou vice-versa). Os erros absolutos (EA), erros variáveis (VE), número de acertos e antecipação foram utilizados para refletir o desempenho motor e funcional durante a tarefa virtual. Como resultados, os participantes com ataxia apresentaram mais erros variáveis e absolutos, menor número de acertos e maior antecipação do que os controles (p<0,05). Para os participantes com GA, um maior EA foi encontrado na sequência touchscreen seguido da interface da webcam, enquanto não foram encontradas diferenças significativas para os controles (p=0,014). Conclui-se que o grupo de participantes com ataxias genéticas apresentou desempenho inferior ao grupo controle, independentemente da interface (webcam ou touchscreen). O resultado mais interessante foi que, embora a prática com a interface da webcam ofereça recursos que tornam a tarefa mais complexa do que a interface touchscreen, com menor desempenho, esse desempenho inferior facilita o desempenho em uma tarefa subsequente da tela sensível ao toque