Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira Filho, Ilton de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5173/tde-20012023-153444/
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Resumo: |
Introdução: Câncer de mama (CM) tem alta prevalência em mulheres mundialmente e no Brasil, dentre os cânceres, representa a principal causa de morte feminina, sendo importantes, o diagnóstico e o tratamento precoces. Há evidências de queda da mortalidade por CM, entretanto, o acesso ao rastreamento e ao tratamento sofre disparidades em alguns grupos étnicos, sociais e culturais. Nos últimos anos, frente à pandemia COVID-19, há indicações que um conjunto de fatores como pandemia, sobrecarga do sistema de saúde e medidas necessárias à contenção do vírus acarretaram atrasos no diagnóstico e tratamento a pacientes com CM. Objetivos: avaliar o impacto da COVID-19 na jornada de pacientes com CM antes e após pandemia em um hospital de referência oncológica em cidade de médio porte do sul de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de análise quantitativa-qualitativa, observacional, retrospectiva de prontuários de pacientes, com coleta de perfil epidemiológico, tempos de acesso a consultas, a exames e a serviços de saúde de pacientes residente em Pouso Alegre (MG) diagnosticadas com CM de 2019 a 2021, comparando-se os grupos antes (grupo A) e durante a pandemia (grupo B). Resultados e discussão: Foram revistos os prontuários eletrônicos de 89 pacientes atendidas no período de 01/04/2019 a 31/03/2021. No período pré-pandemia e durante a pandemia, 67,9% e 87,7%, das pacientes foram admitidas na mastologia com sintomas mamários, respectivamente, revelando aumento significativo durante a pandemia (p=0,036). Antes da pandemia, 29% das pacientes apresentaram doença EC 0 ou I e apenas 5,8% tiveram diagnóstico com doença EC IV. Já durante a pandemia, foram 18% e 15% pacientes diagnosticados com doença 0 e I contra EC IV, respectivamente. 69,2% e 67,6% dos pacientes foram admitidos a mastologia com CM estadiamento clínico inicial (I e II) sem diferença estatística entre os períodos. Não houve diferença no tempo de acesso a consultas e exames entre os grupos A e B, p. Porém, quando analisado o número total de pacientes do estudo (A+B), houve aumento (p=0,016) do tempo entre mamografia (MMG) e biópsia para pacientes que se consultaram na mastologia SUS (x=119,8 dias) versus rede privada (x=24,5 dias). Entre todas as pacientes que realizaram punção aspirativa por agulha fina (PAAF), o tempo entre MMG e biópsia foi significativa maior (p=0,011) (em relação a quem não realizou o exame) para quem foi submetido ao exame, entretanto o tempo entre diagnóstico e início do tratamento foi significativamente menor (p=0,022). Conclusão: Em uma cidade de porte médio do Sudeste do Brasil, no período pré pandemia, mais de 65% das mulheres tiveram o diagnóstico firmado após apresentarem sinais ou sintomas da doença, indicando a necessidade de intensificação de informação sobre a mamografia de rastreamento. A pandemia afetou negativamente o diagnóstico do câncer de mama e um maior percentual de mulheres teve a doença detectada através de sinais ou sintomas e em estadiamento mais avançado. Medidas precisam ser tomadas para reduzir o tempo entre mamografia e biópsia entre pacientes atendidas pelo SUS |