Qualidade da água no transporte de alevinos de tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) em sacos plásticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Caseiro, Alexsandra Carmen
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-174144/
Resumo: Apesar de ser uma operação de extrema importância, o transporte de peixes vivos é frequentemente negligenciado em muitas pisciculturas. A alta mortalidade de alevinos durante e após o transporte contribuem para o aumento dos custos de produção e diminuição dos lucros das piscigranjas produtoras de alevinos ou dedicadas a recria e engorda. A presente dissertação avaliou estratégias auxiliares no transporte de alevinos de tilapia (O. niloticus), espécie de grande interesse comercial no Brasil e no mundo. Em dois experimentos foram avaliados o efeito do jejum e do uso do anestésico benzocaína sobre a qualidade da água, duração do transporte e a sobrevivência dos peixes durante e após o transporte. Os peixes foram estocados em embalagens plásticas de 8 litros, contendo 1,5L de água (sem cloro e com 0,3% de sal), as quais tiveram seu volume completado com oxigênio. Em ambos os experimentos foram monitorados o oxigênio dissolvido (OD), a temperatura da água, o pH, a concentração de gás carbônico (CO2), de amônia total (NH3total) e de amônia não-ionizada (NH3). A sobrevivência dos peixes durante e após o transporte foi registrada. No primeiro estudo, alevinos de tilápia do Nilo (O. niloticus) de 4,5 a 6,0g, alimentados ou submetidos a um jejum de 48 horas, foram estocados nas embalagens a uma carga fixa de 175g/L. Os parâmetros de qualidade da água acima mencionados foram mensurados às 4, 8, 12, 16 e 20 horas do início do experimento. Nas embalagens com peixes em jejum o oxigênio foi maior e houve um menor acúmulo de CO2, NH3total e NH3 na água, comparadas as embalagens com peixes alimentados (P<0,05). Nos 5 intervalos de tempo avaliados, foram observadas diferenças significativas em todos estes parâmetros (P<0,05). A interação entre o tempo de transporte e a condição alimentar dos peixes foi significativa (P<0,05) para todas as variáveis de qualidade de água, exceto para o pH. No segundo experimento foram avaliados os efeitos de três doses de benzocaína (0,10 e 20 mg/L) e duas cargas de peixes (235 e 470g/L) sobre a qualidade da água e a duração do transporte de alevinos de tilápia do Nilo (O. niloticus), de 4,4, a 5,0 g. Foram obesrvadas diferenças significativas no tempo de transporte, OD, CO2, NH3total e NH3 entre as cargas de peixes (P<0,05), mas não entre as doses de benzocaína avaliadas (P>0,05), a não der pela tendência de redução nos níveis de NH3total na água do transporte com o aumento das doses de anestésico para a maior carga de peixe (P<0,05). Os elevados níveis de CO2 na água do transporte (131 mg/L a 207mg/L) podem ter exercido ação tranquilizante nos peixes, mascarando os efeitos do uso da benzocaína.