Parâmetros genéticos e fenotípicos da resistência a Exserohilum turcicum (Pass.) Leonard & Suggs em populações de milho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1996
Autor(a) principal: Narro León, Teodoro Patricio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20231122-093314/
Resumo: Com a finalidade de conhecer a variabilidade genética da resistência à mancha da folha causada pelo fungo Exserohilum turcicum (Pass.) Leonard & Suggs, foram estimados parâmetros genéticos e fenotípicos em quatro populações de milho (CEX). Além disso foram avaliadas as respostas direta e indireta de um ciclo de seleção divergente para diferentes níveis de resistência a esta doença. As estimativas de parâmetros genéticos foram baseadas nos dados da porcentagem de doença, em progênies de meios irmãos, avaliadas nos locais de Ponta Grossa-PR (Local 1) e Rio Verde-GO (Local 2); a avaliação do ciclo de seleção divergente foi feita em Piracicaba - SP. As progênies foram avaliadas em delineamento de blocos casualizados e o ciclo de seleção divergente em blocos casualizados com parcelas subdivididas. Neste experimento também foram avaliados sintomas do vírus do mosqueado clorótico do milho (MCMV), do vírus da risca (MRFV), do enfezamento (Com Stunt) e Puccinia polysora Underw. Em todos os experimentos foi considerada a produtividade, altura da planta e espiga, florescimento, umidade de grão e acamamento. Foram detectadas diferenças entre progênies, evidenciando a possibilidade de sucesso da seleção para resistência a E. turcicum. As estimativas da variância genética aditiva foram de maior magnitude nas populações exóticas (CEX-3 e CEX-4), indicando que os cruzamentos com ESALQ-PB1 para gerar CEX-1 e CEX-2, causaram alterações nas frequências gênicas diminuindo a variabilidade genética. Os coeficientes de herdabilidade da resistência a E. turcicum estimados em locais individuais foram altos no Local 2. Para os dois locais, essas estimativas, com base na média de progênies, foram de 62,4%, 58,8%, 54,2% e 50,2% para CEX-1, CEX-3, CEX-4 e CEX-2, respectivamente. As correlações aditivas e fenotípicas entre a porcentagem de doença por E. turcicum e a produtividade foram geralmente negativas. Nas correlações aditivas nos locais individuais foram detectadas diferenças entre populações e entre locais. Essas correlações em dois locais foram -0,35, -0,22, -0,21 e 0,09, para CEX-4, CEX-1, CEX-3 e CEX-2, respectivamente. Selecionando-se para resistência as respostas correlacionadas na PG foram, em geral positivas. As estimativas expressas em porcentagem foram de 3,43%, 1,88%, 1,83% e 0,60%, para CEX-4, CEX-1, CEX-3 e CEX-2, nos dois locais, respectivamente. Tais resultados mostram que, mesmo tratando-se de valores de baixa magnitude, a seleção para resistência a E. turcicum, pode ser um critério importante para melhorar a produtividade de grãos do milho. Foi detectado que a seleção divergente foi efetiva para modificar o nível de resistência a E. turcicum nas quatro populações. A seleção para resistência esteve associada a um aumento de resistência ao MCMV, possivelmente devido à ação de genes ligados e/ou a efeitos pleiotrópicos. Para as outras doenças, não foram obtidas respostas correlacionadas consistentes. A seleção também esteve associada com menor produtividade, devido à maior suscetibilidade a outras doenças, maior número de dias para florescimento masculino, maior umidade de grão, menor acamamento de raiz, enquanto as respostas para altura de espiga variaram em função da população. Com a seleção para suscetibilidade para E. turcicum, foi incrementada a resistência a P. polysora e ao enfezamento, diminuída a resistência ao MCMV, menor número de dias para florescimento masculino, menor altura de espiga, maior acamamento de raiz, enquanto para MRFV e umidade de grão, as respostas variaram em função da população.