Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Ferrés, Diego Henrique Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/105/105131/tde-07112024-114510/
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Resumo: |
Crescentes preocupações com os efeitos nocivos da utilização combustíveis fósseis, e suas consequências sobre o aquecimento global, têm estimulado a busca por novos modelos baseados em energias limpas e renováveis, entre eles a bioenergia. Adicionalmente, mudanças geopolíticas em curso e conflitos recentes nas principais regiões produtoras de petróleo impulsionam o desenvolvimento destes novos modelos, de forma acelerada. Dentro desse cenário, o Brasil tem uma grande oportunidade. Líder mundial na produção e utilização de bioenergia, o setor sucroenergético brasileiro tem impacto relevante na redução das emissões de gases de efeito estufa (GEE) do país. O objetivo deste trabalho é avaliar o potencial da cana-de-açúcar na redução das emissões de GEE, explorando oportunidades na otimização dos processos produtivos, utilização de novas tecnologias, substituição de componentes fósseis, na cadeia, por substitutos renováveis, aumento da produtividade agroindustrial, e práticas agrícolas mais sustentáveis, visando redução adicional das emissões de GEE, a partir desta cultura e seus produtos. A cana-de-açúcar é considerada uma cultura energeticamente eficiente, com baixas emissões de carbono durante seu ciclo de vida, e o etanol, a partir da cana-de-açúcar, resulta em menor emissão de GEE em comparação aos combustíveis fósseis. O estudo conclui que o potencial de redução da emissão dos GEE, via biocombustíveis desta cultura, é de aproximadamente 90% comparado aos seus substitutos fósseis, índice superior aos níveis praticados atualmente, seja ele o nível médio (64% de redução), ou mesmo nas unidades industriais consideradas \"Benchmark\" (75% de redução). Ainda há um longo caminho até atingir o pleno potencial de redução dos GEE, o que deverá ocorrer à medida em que novas tecnologias e novos processos sejam implementados, nesta indústria, aumentando os rendimentos e a sustentabilidade do setor. Este trabalho busca elevar a compreensão do papel desta cultura como fonte de energia renovável e de baixo carbono, e enfatiza a importância de políticas e sistemas de incentivo para promover o desenvolvimento sustentável da indústria sucroenergética. O RenovaBio tem especial importância dentro deste cenário, pois permite o reconhecimento do setor pela redução das emissões nacionais. A implementação de regulamentações ambientais, investimentos em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias limpas para aumento da produtividade, além do estímulo à produção e consumo de biocombustíveis, serão medidas essenciais para reduzir a pegada de carbono do país. |