Análise do sistema estomatognático de crianças com e sem hipomineralização molar-incisivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carvalho, Milena Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-06122022-123729/
Resumo: A hipomineralização molar-incisivo (HMI) é um defeito qualitativo do esmalte dentário, que afeta um ou mais primeiros molares permanentes e suas repercussões clínicas podem ter impacto na saúde geral e qualidade de vida do indivíduo. Com base na hipótese de que crianças que possuem HMI possivelmente apresentem alterações nas atividades posturais e mastigatórias, na porcentagem da máxima força dos contatos oclusais, na força de mordida molar máxima, na pressão máxima dos músculos bucinadores, da língua e dos lábios, o presente estudo avaliou a funcionalidade do sistema estomatognático nos quesitos acima mencionados. Foram selecionadas 72 crianças, entre 6 a 12 anos de idade, distribuídas em dois grupos: com HMI (GHMI n=36) e sem HMI (GC n=36). Esse foi um estudo observacional transversal comparativo que avaliou crianças com HMI e sem HMI. O Eletromiógrafo Delsys Trigno foi utilizado na atividade eletromiográfica dos músculos masseter e temporal (direitos e esquerdos) nas seguintes condições posturais da mandíbula: repouso, protrusão e lateralidades (direita e esquerda), bem como a eficiência dos ciclos mastigatórios na mastigação habitual; a máxima força dos contatos oclusais foi mensurada com o aparelho T-SCAN®; a força de mordida molar máxima direita e esquerda com o gnatodinamômetro digital; e a pressão máxima dos músculos bucinadores, da língua e dos lábios com o IOPI. A análise estatística foi realizada pelo teste t de Student; p≤0,05. Os resultados permitem observar no GHMI hiperatividade muscular nas condições posturais e mastigatórias em comparação ao GC. Houve significância com maiores valores eletromiográficos para o GHMI quando comparados ao GC nas seguintes condições posturais: repouso para os músculos temporal direito (p=0,00) e temporal esquerdo (p=0,03); protrusão para o músculo temporal direito (p=0,02); lateralidade direita para os músculos masseter direito (p=0,00) e temporal esquerdo (p=0,01); lateralidade esquerda para os músculos masseter direito (p=0,03) e temporal esquerdo (p=0,04). Nas condições mastigatórias com alimento consistente, observou-se significância para o temporal esquerdo (p=0,01) e, com alimento macio, para os músculos temporal direito (p=0,01) e temporal esquerdo (p=0,00). Já nas relações de máxima força dos contatos oclusais, houve significância no dente 46 (p=0,01), e no dente 16 houve uma diminuição dos valores do GHMI em relação ao GC. No lado direito foram observados menores valores na máxima força dos contatos oclusais para o GHMI quando comparado ao GC. Na força de mordida molar máxima, notou-se menor força dos lados direito e esquerdo para o GHMI em relação ao GC. Na pressão dos músculos bucinadores, da língua e dos lábios, apresentaram-se forças diminuídas no GHMI quando comparadas ao GC. Assim, conclui-se que as crianças com HMI apresentaram comprometimento da funcionalidade do sistema estomatognático.