Análise da perfusão cerebral através de SPECT em pacientes com dor lombar crônica secundária à hérnia de disco antes e após o tratamento com Gabapentina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Papassidero, Priscila Colavite
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17140/tde-11022020-143504/
Resumo: Dor lombar crônica (DLC) é causa de incapacidade para o trabalho e prejuízo econômico para a sociedade. Quando decorre do comprometimento de estruturas do sistema nervoso (dor neuropática), seu manejo é difícil e exige expertise do profissional que a acompanha. A gabapentina emerge nesse cenário como uma possibilidade terapêutica eficaz, estando indicada em diversas diretrizes para o tratamento de dor neuropática como medicação de primeira linha. Este estudo propõe analisar qual o padrão de perfusão cerebral de pacientes com dor lombar crônica secundária à hérnia discal e avaliar se há mudanças nesse padrão após o tratamento com gabapentina utilizando SPECT cerebral. Baseamos a comparação na medida da intensidade da dor pela Escala Visual Numérica (EVN) antes e após o tratamento, além de sua correlação com aspectos biopsicossociais que estão envolvidos na dor crônica (ansiedade, depressão, catastrofização e qualidade de vida). Foram selecionados 13 pacientes portadores de dor crônica secundária à hérnia discal lombar, com média de idade de 41 anos e intensidade de dor de 5,92 pontos medida pela EVN. Os resultados mostraram que portadores de DLC possuem aumento da perfusão cerebral no córtex pré-frontal dorsolateral, lobo occipital direito e córtex cingulado posterior em relação aos voluntários saudáveis. Após o uso da gabapentina, houve hiperperfusão no lobo límbico bilateral e hipoperfusão na substância cinzenta periaquedutal em comparação aos voluntários saudáveis. Entre os pacientes que não apresentaram melhora clínica com o uso da gabapentina houve hipoperfusão biparietal em comparação aos voluntários saudáveis e hiperperfusão no cíngulo anterior esquerdo em comparação à imagem de SPECT antes do uso da gabapentina. Não houve correlação estatística significativa entre o uso da gabapentina e melhora de sintomas associados à dor como depressão, ansiedade, catastrofização e percepção de qualidade de vida.