Clínica do envelhecimento: o processo de implantação de um serviço de psicologia clínica no SUS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Genaro Junior, Fernando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-22052013-152831/
Resumo: O presente trabalho consistiu em investigar e refletir, sob o ponto de vista clínico, a respeito do processo de implantação de um serviço de Psicologia clínica voltada à saúde da pessoa idosa, num centro de referência do idoso da cidade de São Paulo, contemplado no Sistema Único de Saúde, o SUS. O interesse por esta pesquisa foi despertado pela necessidade de se compreender as demandas específicas desse tipo de população, para buscar manejos adequados ao atendimento clínico do idoso. Empregamos como método de investigação a pesquisa-ação, que serviu para apresentação e análise das ações propostas ao longo da criação do serviço de Psicologia frente às problemáticas e necessidades clínicas dessa população. A fim de tecer considerações teóricas e clínicas sobre o processo de implantação e a especificidade dessa clínica, partimos da teoria psicanalítica winnicottiana sobre o processo maturacional, das contribuições de Safra e da noção do conceito de perdão em Arendt. Assim, a partir da experiência de implantação e da reflexão desse processo, chegamos a uma concepção de clínica do envelhecimento, a qual contempla alguns eixos clínicos, tais como: 1) a necessidade de a pessoa idosa, na velhice, contar com um ambiente de alteridade que oferte e sustente um lugar ético de interlocução para revisão do sentido da vida; 2) uma clínica oriunda do diálogo contínuo acerca da desconstrução do self e da elaboração dos lutos, aspectos estes que favorecem a possibilidade de o idoso acolher a velhice e a sua própria morte como respostas ao percurso de vida; 3) a necessidade de se viver as várias facetas do perdão, como oportunidade de abrir novos espaços, a fim de sonhar um fim último possível e destinar a continuidade da vida para as futuras gerações; 4) a urgência de reflexões clínicas quando as necessidades acima descritas não são possíveis e se instauram situações de adoecimento e intensas agonias; 5) a presença do clínico como testemunho da vida e da morte