Estudo de Tilápias do Nilo (Oreochromis niloticus) como bioindicadores da poluição por mercúrio nos lagos do Parque Ibirapuera e do Parque Ecológico do Tietê na Grande São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Carretero, Maria Eugenia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-26062013-114248/
Resumo: A Grande São Paulo, composta por 39 municípios, apresenta crescimento urbano e industrial expoente que contribuem para o constante acúmulo de poluentes no ambiente. Ainda assim, exibe áreas verdes remanescentes que contribuem para a sustentabilidade ambiental da cidade, como por exemplo, o Parque Ibirapuera e o Parque Ecológico do Tietê. Nesse contexto, o presente estudo visa verificar a viabilidade em utilizar as O. niloticus como bioindicadoras da poluição por mercúrio no ecossistema aquático dos dois parques da Grande São Paulo. Obteram-se para as tilápias do Nilo do Parque Ibirapuera pertencentes aos pontos de coleta A, B e C durante o inverno as respectivas concentrações de mercúrio total no sangue 2,72±4,20µg/L, 2,45±1,90µg/L e 1,19±0,05µg/L e, no hepatopâncreas as respectivas concentrações de mercúrio de 0,07±0,02 µg/g, 0,06 ±0,005 µg/g e 0,16 ±0,07 µg/g. No verão as tilápias do Parque Ibirapuera apresentaram nos mesmos pontos de coleta as respectivas concentrações de mercúrio total no sangue 2,50±0,84µg/L, 2,67±1,03µg/L e 2,430±0,790µg/L e, no hepatopâncreas as respectivas concentrações de mercúrio de 0,08 ±0,03 µg/L, 0,16 ±0,10 µg/L e 0,09 ±0,03 µg/L. Os peixes do Parque Ecológico do Tietê pertencentes ao ponto de coleta B durante o inverno e verão apresentaram no hepatopâncreas as concentrações de mercúrio total de 0,08±0,01µg/g e 0,10±0,0µg/g e, no sangue as concentrações e mercúrio de 3,59 µg/L e 2,00±1,00 µg/L. A análise estatística de regressão linear foi negativa, alta e com significância estatística apenas entre a idade estimada e a concentração do mercúrio no sangue sugerindo que as tilápias jovens são mais susceptíveis ao acúmulo de mercúrio. Viabilizou-se através deste estudo o uso das tilápias do Nilo como bioindicadores para a poluição por mercúrio nos lagos dos parques da Grande São Paulo.