O uso das pesquisas no jornalismo impresso contemporâneo: uma nova forma de \'contar\' a história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Garcia Junior, Alcides
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-07052010-101259/
Resumo: As estatísticas estão presentes em todos os campos do conhecimento humano, fazem parte de nosso cotidiano e influenciam nossa capacidade de posicionamento frente à realidade, tornando factíveis, por meio de quantificações, noções de sentido muitas vezes abstratas. As pesquisas, quando publicadas na imprensa escrita, tornam-se instrumentos incontestáveis de análise de fatos econômicos, sociais, políticos e de opinião. Procura-se investigar neste trabalho a implicação desse fator para a formação de nossa noção de realidade e suas decorrências para a escrita da História. O objetivo é analisar em que circunstâncias ocorreram o aumento na publicação de pesquisas entre os anos de 1985 e 2000. O objeto de estudo é a divulgação da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Fundação SEADE/DIEESE em dois jornais paulistanos. A hipótese central é a de que o jornalismo impresso diário passou, durante o período considerado, por mudanças contínuas nas quais o uso das pesquisas e assertivas numéricas atuou em legitimação das transformações de cunho liberal ocorridas na política e na economia mundial, tornando as informações mais racionais e mais compreensíveis para o leitor. As principais questões teóricas tratam de transpor a noção de habitus em Pierre Bourdieu para a função das estatísticas como uma forma de controle das transformações nas sociedades contemporâneas e como normalização útil ao exercício do poder conforme alguns dos conceitos presentes na obra de Michel Foucault.