Profilaxia da raiva humana em Luiz Antônio, SP, Brasil: características das ocorrências e atenção médica prestada aos pacientes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Gomide Junior, Marcio Heber
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-26082013-104325/
Resumo: A raiva é uma zoonose caracterizada como encefalite viral progressiva aguda e letal. Tem alta transcendência, letalidade de aproximadamente 100%, e é considerada um grave problema de saúde pública. Ocorre em mais de 150 países. Em diversos países das Américas, da Europa e da Ásia o ciclo urbano da infecção já não existe, porém o ciclo silvestre permanece um desafio. A doença no Brasil é endêmica e a maioria dos casos humanos ocorre na região nordeste. Entre 2001 e 2010, foram notificados 163 casos de raiva humana no Brasil, sendo que 47% foram transmitidos por cães e 45% por morcegos. Apesar do controle do ciclo urbano da raiva, os atendimentos antirrábicos humanos notificados têm aumentado nos últimos dez anos. Entre 2000 e 2009, foram notificados mais de 4 milhões de atendimentos antirrábicos humanos no país. O objetivo foi estudar a ocorrência de acidentes com potencial risco de transmissão de raiva em pacientes de Luiz Antônio, SP e o tipo de atenção médica prestada. O estudo foi descritivo do tipo levantamento epidemiológico. Foram analisados os dados das fichas de atendimento antirrábico humano. Concluiu-se que o perfil de paciente mais atendido na década foi o adulto jovem, do sexo masculino, com idade média de 25 anos, escolaridade de até sete anos, residente da zona urbana do município, que procurou atendimento médico no mesmo dia da agressão, não possuía tratamento antirrábico anterior e foi mordido superficialmente em mão ou pé por um cão sadio. O tratamento médico mais indicado pelo Serviço de Saúde foi a vacinação pós-exposição e que foi completamente realizada. Ocorreu elevado percentual de abandono do tratamento, bem como de não procura ativa pelos profissionais do serviço de saúde. As prescrições de soro antirrábico foram confirmadas pelo Hospital de referência em 86,2% dos encaminhamentos. Sugere-se aprimorar a capacitação dos profissionais da rede a respeito das condutas preconizadas para a profilaxia da raiva, melhorar a integração com os profissionais da área veterinária para avaliação dos animais envolvidos e adequar instrumentos e sistema de informação.