Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Leonardo Aparecido Brandão da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-03052023-174529/
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Resumo: |
A pinta preta dos citros, causada por Phyllosticta citricarpa, possui dois tipos de inóculo: os ascósporos e os conídios. Os ascósporos são disseminados pelo vento e mais relacionados com a introdução da doença em novas áreas e os conídios disseminados por água, mais associados com o incremento da doença na copa das plantas. Apesar da importância dos ascósporos no ciclo da pinta preta, pesquisas com esse inóculo são escassas devido à dificuldade de produzi-los. Em 2017, um protocolo de produção de ascósporos in vitro por meio de cruzamentos de isolados de mating type compatíveis foi publicado. Assim, se tornou possível estudar os fatores que influenciam na produção e germinação de ambos os esporos. Esse estudo foi conduzido com o objetivo de: i) determinar a frequência dos dois mating type de isolados de P. citricarpa obtidos do parque citrícola paulista (SP); ii) quantificar a produção de ascósporos em diferentes meios de cultivo e temperaturas; iii) avaliar o efeito de diferentes temperaturas e períodos de molhamento sobre a germinação de conídios e iv) caracterizar sintomas de pinta preta em frutos de laranja doce inoculados com conídios e ascósporos. O mating type de 137 isolados de P. citricarpa obtidos de 1998 até 2021 foi identificado por meio da PCR duplex. A produção de ascósporos de cinco cruzamentos de MAT1-1 e MAT1-2 foi avaliada em meios de cultivo BDA, ½ BDA, extrato de malte ágar (EMA), aveia ágar e citros ágar. O meio BDA foi selecionado para avaliar a produção de ascósporos de três cruzamentos nas temperaturas de 10, 15, 20, 25 e 30°C. Os ascósporos foram quantificados semanalmente até 56 dias após os cruzamentos. A germinação de conídios foi avaliada em diferentes temperaturas (10, 15, 20, 25, 30, 35 e 40°C) e períodos de molhamento (12, 24, 36 e 48 horas). Frutos de laranja Valência foram inoculados com 103 conídios ou ascósporos e os sintomas de pinta preta foram caracterizados durante 360 dias. A proporção do MAT1-1 e MAT1-2 foi significativamente similar a 1:1 em SP. Ascósporos foram produzidos em meio BDA, ½ BDA e EMA, com pico de produção de 104 ascósporos/mL no BDA e EMA até 21 dias. Os ascósporos foram produzidos nas temperaturas de 15°C, 20°C e 25°C, com picos de 102, 103 e 103 ascósporos/mL aos 42-49, 35 e 21 dias para as três temperaturas, respectivamente. A produção de ascósporos foi similar para todos os cruzamentos testados. O modelo beta-monomolecular foi ajustado aos dados de germinação de conídios em diferentes temperaturas e molhamentos. Os conídios germinaram de 9°C a 40°C com pico em 25°C e pelo menos 36 horas de molhamento. Os frutos inoculados com conídios e ascósporos apresentaram sintomas de falsa melanose e mancha dura. Esse estudo mostra que os ascósporos podem ser formados em todas as regiões de SP, a produção desses esporos pode ser afetada por diferentes fatores in vitro e eles são patogênicos em laranja e os resultados serão uteis para direcionar futuros trabalhos relacionados com epidemiologia e manejo da pinta preta com o uso dos dois tipos de inóculo do patógeno. |