Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Poloni, Nadia Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193425
|
Resumo: |
A mancha preta dos citros (MPC), causada por Phyllosticta citricarpa, é uma doença quarentenária, e está presente em diversos países do mundo. Os frutos sintomáticos têm seu valor depreciado para o mercado de frutas frescas, e em pomares com elevada severidade mais de 85% dos frutos podem cair prematuramente. Não há variedades de laranjeiras doces resistentes, sendo o controle feito por meio de medidas culturais e por meio de fungicidas do grupo das estrobilurinas, constituindo-se da melhor alternativa, além de praticamente ser única. Nas diversas regiões produtoras do mundo, incluindo o Brasil, são realizadas diversas aplicações destes fungicidas há quase duas décadas. Neste estudo, foi caracterizada a sensibilidade de 50 isolados de P. citricarpa oriundos das mais importantes regiões citrícolas do Brasil, aos fungicidas trifloxistrobina e piraclostrobina, os mais utilizados para o controle da MPC. Os isolados foram avaliados a 0,0003; 0,003; 0,03; 0,3; 3,0; 30,0 e 300,0 µg mL-1, sendo empregado o método da microtitulação. Isolados com valores de EC50 considerados resistentes a uma ou mais estrobilurinas avaliadas foram submetidos à busca de mutações no gene cyt b. A pesquisa concentrou-se na investigação da mutação na região F129L, a qual é de ocorrência generalizada e confere resistência do fungo aos fungicidas do grupo das estrobilurinas, utilizando para isso sequenciamento de parte do gene cyt. Fenótipos extremos de sensibilidade e resistência a ambos fungicidas estrobilurinas foram detectados nas diferentes populações do patógeno analisadas pela microtitulação. Na busca de mutações no gene cyt b, a mutação F129L não foi encontrada por pirosequenciamento. A ausência dessa mutação no gene da cyt b dos isolados considerados resistentes sugere que outros mecanismos de resistência podem estar envolvidos. Os resultados obtidos com esse estudo podem servir de suporte para a tomada de decisões de manejo adequado para a citricultura brasileira; além disso, são importantes para futuros estudos sobre a evolução do patógeno com a pressão de seleção exercida pelos fungicidas. |