Práticas administrativas e pedagógicas para a melhoria de leitura e escrita: um estudo em escolas municipais de ensino fundamental II

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Povedano, Rafael
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96132/tde-15042019-111757/
Resumo: Diversos pesquisadores têm associado à melhoria dos índices de desenvolvimento social e econômico dos indivíduos e dos países a melhoria da qualidade da educação. O Brasil tem ampliado o gasto público no setor sem, no entanto, incrementar os índices de qualidade, o que se verifica nas avaliações padronizadas de leitura e escrita, realizadas em âmbito nacional (Prova Brasil) e internacional (PISA). Em geral, os estudos na área buscam identificar os fatores intra e extraescolares que influenciam nos resultados educacionais, sem, no entanto, fornecer um ferramental que auxilie os agentes educacionais na implantação de ações para a melhoria do serviço educacional. Assim, este estudo tem como objetivo propor boas práticas administrativas e pedagógicas que possam ser adotadas nos sistemas municipais de ensino fundamental II. Estas práticas foram identificadas a partir da análise dos dados de 3.330 escolas municipais brasileiras do ensino fundamental, coletados a partir do Censo Escolar e dos Questionários Contextuais da Prova Brasil. Para isso utilizou-se a metodologia quali-quantitativa proposta por Salgado Junior e Novi (2014). Inicialmente as escolas foram agrupadas pelo nível socioeconômico, visando à redução dos efeitos deste fator nos resultados. A seguir foi aplicada a técnica DEA dois estágios, para a identificação das escolas de alto e baixo desempenho em agregar resultados aos seus alunos em leitura escrita na Prova Brasil. Finalmente foram realizados múltiplos estudos de caso em escolas de alto e baixo desempenho, para compreender in loco como as práticas se diferenciam entre os grupos. Verificou-se que, mesmo depois de controlados os fatores socioeconômicos, as escolas ainda apresentam significativas diferenças de desempenho e que o aumento do investimento anual médio por aluno não tem correlação com melhoria nos resultados educacionais. Os resultados enfatizam a importância da participação da família e da comunidade no processo educacional, bem como do diretor escolar como agente de integração escola-família e como suporte ao corpo docente na oferta das condições básicas ao desempenho de suas funções. Foram encontradas 55 práticas que podem ser aplicadas pelas Secretarias Municipais de Educação, professores e diretores escolares, bem como pelos alunos e seus familiares para a promoção da melhoria do desempenho dos estudantes do ensino fundamental II em leitura e escrita