Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Renata Mendonça |
Orientador(a): |
Oliveira, Dora Lúcia Leidens Corrêa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/238227
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Resumo: |
Introdução: altas taxas de incidência e mortalidade evidenciam que o câncer de mama (CM) é um problema de saúde pública mundial e a principal causa de morte por câncer em todo o mundo. A relação entre o CM e desigualdades sociais ainda é pouco estudada. Objetivo: analisar, a partir de indicadores nacionais, as desigualdades sociais relacionadas ao CM no período de 2009 a 2012, conforme as regiões do Brasil. Metodologia: estudo quantitativo de série histórica, seguido por um estudo ecológico. Para mensuração das desigualdades sociais, foi adotado o índice de vulnerabilidade social (IVS) do município, dividido em quatro categorias, dentro das regiões. Os indicadores relacionados ao CM foram calculados conforme padronização pelo INCA. A população-alvo são as mulheres de 50 a 69 anos. Os dados foram extraídos dos sistemas nacionais de informação em saúde. Os indicadores são descritos por mediana e amplitude interquartílica. Para comparações, foram utilizados testes não paramétricos. Associações foram avaliadas pelo coeficiente de correlação de Spearman. O nível de significância adotado foi de 5%. Utilizaram-se bases de dados secundárias e de domínio público. Resultados: observou-se aumento da cobertura de mamografias de rastreamento nas categorias de IVS e aumento na proporção de mamografias de rastreamento na faixa etária-alvo, exceto na região Norte. Nas regiões Sul e Sudeste houve aumento da proporção de mamografias de rastreamento na população-alvo, realizadas bienalmente, em todas as categorias de IVS. Houve maior percentual de mamografias de rastreamento com resultado em até 30 dias dentre os municípios menos vulneráveis, exceto na região Norte. Observou-se aumento no percentual de mamografias diagnósticas com resultado em até 30 dias na região Nordeste. A proporção de resultados alterados nas mamografias de rastreamento modificou-se nos municípios menos vulneráveis nas regiões Sul e Sudeste. Aumentou a proporção de resultados alterados de mamografias diagnósticas nos municípios menos vulneráveis na região Nordeste. Os municípios com menor vulnerabilidade social mantiveram taxas de mortalidade mais elevadas. Comparações entre categorias de IVS apontaram que municípios mais vulneráveis apresentaram menores coberturas de rastreamento, menores proporções de exames em mulheres da faixa etária-alvo, menores percentuais de exames na periodicidade recomendada bianual e menor percentual de exames cujos resultados foram fornecidos no tempo recomendado de até 30 dias. Destaca-se que os municípios menos vulneráveis apresentaram maior taxa de mortalidade por CM quando comparados aos mais vulneráveis. Considerações Finais: evidenciaram-se desigualdades sociais em relação ao CM. Rastreamento, diagnóstico e mortalidade apresentaram-se de forma diferente dentro das regiões, conforme a vulnerabilidade social dos municípios. Recomenda-se políticas que ampliem o acesso a exames de mamografia, particularmente em municípios mais vulneráveis, e novos estudos sobre mortalidade, especialmente em municípios menos vulneráveis. |