Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Suzie Ferreira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-27082024-103505/
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Resumo: |
Esta tese ambiciona contribuir com a revisão do estigma do Kunstmaterialismus que aderiu ao manual de Estética prática Der Stil, de autoria do arquiteto germânico Gottfried Semper. A referida contribuição é dividida em três seções, sendo que seção 1 apresenta os escritos do autor que aludem a dois projetos teóricos sobre Baukunst nunca levados a termo além de disponibilizar informações sobre o conteúdo do Tomo 3 nunca publicado. A seção oferece uma curta exegese sobre os quatro elementos formadores da Baukunst e explora outros textos que fazem referência ao seu ciclo vital. O objetivo da seção é levar à compreensão de que no Der Stil todas as artes são orquestradas pelo arquiteto com a única finalidade de levar a Baukunst ao seu destino como monumento em pedra. A seção 2 agrupa contribuições de terceiros, sendo que a primeira vem do historiador austríaco Alois Riegl que bravamente combateu o dogmatismo dos semperianos ainda no século XIX. Sua contribuição está em rebater os argumentos dos materialistas demonstrando que o desenvolvimento da Baukunst, desde sua origem até a basílica Paleocristã, foi orientado por uma única força que, em luta constante com o material e a técnica, buscava evitar a participação subjetiva na apreciação dos fenômenos. Segue-se a Riegl o filósofo Schelling, notável pelos estudos da Natureza e pela posição que dá à Música em seu Sistema para as Artes, cuja contribuição é demonstrar que a matéria não é um ente desprovido de vontade, passivamente à espera da ação da técnica. Sucede Schelling um capítulo de Schopenhauer, argumentado que a Arte atende demandas espirituais, sendo a maior dela o terror frente à falta de sentido da própria efemeridade. Schopenhauer faz ver que a Arquitetura tenderá ao geometrismo sempre que a humanidade lhe demandar certezas. Nietzsche finaliza a seção explicando de que maneira a Música poderia cooperar para impedir a morte definitiva dos mitos que, durante toda a Antiguidade, mantiveram a Baukunst viva. Caberá à seção 3 comprovar que a técnica têxtil, à qual Semper dá posição de destaque sobre todas as demais, adquire seu caráter mítico na Árvore da Vida consagrada pelos assírios e presente nos escritos hebraicos do Gênesis. Confirma-se assim que, considerado o pensamento geral de Semper sobre a Baukunst, não procede extrair do Der Stil uma doutrina tal que considere o material e a técnica como indutores do fazer artístico humano. |