Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miguel, Regina Lima Dantas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-17082018-132149/
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Resumo: |
Atualmente, a autobiografia é considerada um gênero literário de grande alcance, o que pode ser verificado pela quantidade de títulos e variedade de obras. No entanto, sua definição não deixa de ser complexa como demonstram os numerosos estudos consagrados à matéria (Starobinski, 1970, Genette, 1972, Lejeune, 1975). A premissa que norteia a presente pesquisa sustenta-se na ideia que perante as narrativas autobiográficas, na verdade, são as estratégias ficcionais as construções narrativas que serão relevantes. Esta investigação tem por objeto o estudo da escritura autobiográfica do escritor francês Louis-Ferdinand Céline e no decorrer deste trabalho demonstraremos que diante do processo autobiográfico, certamente a problemática do estilo é de relevância ímpar uma vez que a construção de si, por parte do autor, se dá através da escritura. Neste sentido, sua produção literária nos parece ser das mais significativas. De fato, quando Céline escreve, não se impõe como necessária uma identidade entre autor, narrador e personagem ou em reconstituir a verdade de sua trajetória de vida preceitos do pacto autobiográfico mas sim em construir variações ficcionais sobre sua vida através de uma escritura suficientemente expressiva permitindo traduzir a emoção e os sentimentos dolorosos de sua realidade. Assim sendo, a hipótese que tentaremos demonstrar, a partir do estudo de nosso corpus literário, o romance Mort à crédit, é a de que Céline desenvolveu uma nova escritura autobiográfica que daria a primazia ao estilo e para tanto teria modificado as regularidades formais do gênero ao ressaltar a importância da enunciação em relação aos conteúdos. Com Céline, o discurso não tem como primeiro objetivo a narração de uma história: o importante é a expressão, ou seja, a preeminência da função estética. |